Quem É
Jesus?
A Pessoa
Mais Extraordinária Que Já Viveu
Ele era
conhecido em sua época como Jesus de Nazaré. Trabalhou como carpinteiro a maior
parte de sua vida adulta. Entretanto, Ele foi tão extraordinário pela forma
como viveu e pela influência que exerceu sobre a humanidade que a palavra
“extraordinário” não consegue caracterizá-lo.
Ninguém
mais — nem reis, ditadores, cientistas, educadores ou líderes militares — deu
uma contribuição maior que a de Jesus à história do mundo. Pelo menos doze
bilhões de pessoas passaram por este planeta, mas até hoje, quase dois mil anos
depois de sua morte, ninguém chegou sequer perto de ocupar a posição singular
que Ele ocupou na história.
Nunca faltaram
a este mundo grandes homens e mulheres. A história está repleta de nomes como
Salomão, Davi, Hamurabi, Ciro, Alexandre o Grande, César, Gêngis Khan, Joana
d’Arc, Napoleão Bonaparte, George Washington, Isaac Newton, Florence
Nightingale... a lista continua infinitamente.
Mas
ninguém se aproxima de Jesus Cristo em sua influência sobre a humanidade.
O próprio
H. G. Wells, romancista e historiador inglês, autor de cinco volumes sobre a
história do mundo, presentes nas prateleiras de quase todas as bibliotecas de
faculdades e universidades, acabou dando mais espaço a Jesus Cristo do que a
qualquer outro. E Wells não foi nenhum amigo da fé! Na realidade, seus
biógrafos retratam-no como um cético ou, possivelmente, um ateu. No entanto,
como um verdadeiro historiador, ele não pôde desconsiderar a maior de todas as
personalidades que já viveram.
Inigualável
em Sua Vida e Ensinamentos
Acima de
qualquer dúvida, Jesus Cristo é a pessoa mais estudada, discutida e analisada
que já viveu. Mesmo depois de vinte séculos, Ele tem mais defensores e
oponentes do que qualquer outra figura isoladamente. Enquanto existem
literalmente milhares de acadêmicos renomados que de boa vontade o confessam
como Senhor, há também outros milhares que, se pudessem, destruiriam sua
credibilidade. Desde o início Ele teve tanto seguidores como caluniadores, e
temos sido advertidos de que esta situação perdurará até o final dos tempos.
Existe um
falado Seminário Jesus, um grupo de setenta e dois estudiosos liberais que se
encontram duas vezes por ano em um esforço de redesenhar a vida e o caráter de
Jesus. Remodelando-o como um simples “sábio ou cínico”, eles tentam despojá-lo
de sua singularidade. Entretanto, a despeito de seu fácil acesso à mídia popular,
incluindo Newsweek, Time e U.S. News and World Report, não tiveram êxito na
conquista de muitos adeptos. Na verdade, seu maior sucesso foi fazer com que
muitos estudiosos, escritores e teólogos — homens brilhantes que examinaram a
evidência da singularidade de Jesus — publicassem suas razões sólidas e dignas
de crédito para crerem que Jesus Cristo foi de fato aquele que os evangelhos
retratam, a mais extraordinária e influente pessoa que já passou pela Terra.
Os
eruditos do Seminário Jesus, assim como outros como eles, têm dificuldades para
explicar como um simples sábio ou cínico poderia ter influenciado o mundo de
forma tão fantástica como Jesus. A grande pergunta resume-se nisto: Quem foi
Jesus de Nazaré? Se Ele foi apenas um notável carpinteiro nascido em um país
obscuro, mesmo as mentes céticas mais aguçadas têm dificuldade de explicar por
que, de todas as pessoas brilhantes que já existiram, Jesus permanece em uma
categoria própria.
Isaac
Newton é considerado por muitos especialistas o mais brilhante cientista que já
existiu. Entretanto, esse homem jamais tentou comparar-se a Jesus Cristo; pelo
contrário, sabemos que ele foi um crente ardoroso e seguidor fiel do Nazareno.
Blaise Pascal é considerado um dos maiores filósofos do mundo e, no entanto,
como Newton, nunca tentou usurpar o lugar de Jesus Cristo. Pascal creu durante
toda sua vida no Salvador, até sua morte dolorosa. O mesmo pode ser dito de
Willian Gladstone, Louis Pasteur e de milhares de eruditos, cientistas juristas
e escritores brilhantes, bem como de milhões de pessoas comuns. Todos eles
estudaram sua vida e seus ensinos, examinaram ambos os lados das evidências e
vieram a crer mais do que nunca que Jesus é o Filho de Deus — incomparável
entre todos os que existiram.
Inigualável
por Seu Impacto
Para
colocarmos a influência de Jesus em perspectiva, consideremos vários aspectos
proeminentes de sua singularidade. Jesus de Nazaré é incomparável como
influência moral. Sua vida e seus ensinos continuam insuperáveis em sua
capacidade de guiar culturas, tribos e pessoas, tirando-as de sua confusão
moral.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência artística. Ele tem servido de inspiração
na arte e na música do mundo mais do que qualquer outra pessoa. Alguns dos
maiores oratórios e hinos da história foram escritos a respeito dele ou para
Ele. Jesus é o tema central de mais livros e música do que qualquer outro
indivíduo. A Biblioteca do Congresso norte-americano, considerada a mais
completa biblioteca do mundo, registra mais obras sobre Jesus do que sobre
qualquer outra pessoa.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência humanitária. Mais hospitais, orfanatos,
casas de repouso e missões de salvamento têm sido dedicados a Ele do que a
todos os líderes religiosos reunidos. Mais esforços para ajudar pessoas têm
sido realizados, financiados e perpetuados por seus seguidores do que todos os
outros juntos.
Jesus de
Nazaré é incomparável em sua capacidade de inspirar devoção. Nenhum outro
indivíduo nos últimos dois mil anos atraiu maior dedicação entre seus
seguidores. Embora Jesus nunca tenha levantado um exército durante seus três
anos e meio de ministério, milhões e milhões de seus seguidores espalharam-se
pelas partes mais remotas do planeta para levar sua mensagem — não por
dinheiro, terras ou recompensas materiais, mas por pura devoção a Ele.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência escolástica(1.Hist. Filos. Doutrinas
teológico-filosóficas dominantes na Idade Média, dos sécs. IX ao XVII, caracterizadas
sobretudo pelo problema da relação entre a fé e a razão, problema que se
resolve pela dependência do pensamento filosófico, representado pela filosofia
greco-romana, da teologia cristã. Desenvolveram-se na escolástica inúmeros
sistemas que se definem, do ponto de vista estritamente filosófico, pela
posição adotada quanto ao problema dos universais (q. v.), e dos quais se
destacam os sistemas de Santo Anselmo (v. anselmiano), de São Tomás (v.
tomismo) e de Guilherme de Ockham (v. ockhamismo). [Sin. ger.:
escolasticismo.]). Embora nunca tenha fundado uma faculdade, seus ensinamentos
e seus seguidores contribuíram mais para as instituições de alfabetização e
matérias educativas — de todos os níveis, desde o jardim da infância até as
universidades — do que todos os outros reunidos. Somente nos Estados Unidos,
uma nação de instituições educativas, 128 faculdades foram estabelecidas nos
primeiros cem anos da história do país — fundadas por uma igreja, denominação,
ou grupo religioso. Harvard, Princeton e Yale, que foram os centros da educação
norte-americana durante duzentos anos, foram criadas para preparar ministros,
missionários e líderes cristãos. Além disso, numerosas faculdades cristãs foram
fundadas em honra do Mestre.
Antes que
o evangelho chegasse à América, foram os seguidores de Jesus Cristo que
proveram educação às crianças de famílias comuns. Antes de Martinho Lutero na
Alemanha e João Calvino na França e na Suíça, somente os ricos, os membros da
realeza ou gênios do mundo eram considerados aptos para a educação. Porém esses
grandes reformadores viram a educação como meio de ensinar a Bíblia a todas as
gerações, as quais, pela primeira vez, puderam ler as Escrituras em suas
línguas maternas. Os colonizadores implantaram esse modelo no Novo Mundo. Não
foi por mero acaso que esse direcionamento para a educação das crianças entre
os séculos dezesseis e dezoito lançou as bases para o crescimento explosivo da
Revolução Industrial do século dezenove.
Em
flagrante contraste, as culturas seculares do mundo pouco fizeram para
alfabetizar milhares de tribos indígenas que (em um determinado estágio) não
possuíam uma linguagem escrita. Enquanto isso, os seguidores de Jesus traduziam
a Bíblia em incontáveis línguas e ensinavam milhões a ler. A intenção desses
desbravadores era prover a alfabetização e levar a Bíblia a todas as tribos do
mundo na virada do próximo milênio. A razão para isso? Dedicação a Jesus
Cristo.
Jesus de
Nazaré é incomparável em seu impacto sobre as mulheres. Ninguém fez tanto para
elevar a dignidade da mulher em geral e da maternidade do que Jesus Cristo. Ele
veio a este mundo quando as mulheres eram consideradas apenas um pouco acima
dos animais. Muitas eram negociadas como gado e poucas desfrutavam direitos
pessoais perante a lei e o casamento. Nos lugares atingidos pela mensagem de
Cristo, as mulheres se viram enobrecidas e respeitadas como seres humanos
feitos à imagem de Deus. Os seguidores de Cristo legaram às mulheres o direito
ao voto através de movimentos em toda a Europa, Inglaterra e Estados Unidos. E
seus discípulos constituem hoje a legião daqueles que se posicionam em defesa
dos bebês não-nascidos. As mulheres não cristãs do Ocidente podem não
compreender a dívida que têm para com Jesus Cristo e seus ensinos, mas é ao
Nazareno e aos seus discípulos que elas devem agradecer pela posição elevada
que usufruem hoje.
Jesus de
Nazaré é incomparável em sua influência sobre a liberdade e a justiça. Ninguém
promoveu tão profundamente a liberdade e a justiça pessoal do que os seguidores
de Jesus, armados com o padrão de sua lei. A lei inglesa e norte-americana,
considerada como modelo para todo o mundo, deve sua existência basicamente aos
ingleses John Locke, William Gladstone, William Wilberforce, William Blackstone
e aos americanos James Witherspoon, John Adams, James Madison e John Marshall.
Todos foram seguidores devotados de Cristo, que conheciam e aplicavam seus
princípios e ensinos para a preservação dos direitos e liberdade individuais
sob a lei. Todos esses homens influentes admitiram livremente que deviam sua
grandeza a Ele.
O clímax
dessa dedicação à liberdade individual veio com a Declaração da Independência
dos Estados Unidos da América, cujas palavras — “Todos os homens foram criados
iguais” — tornaram-se a pedra angular da nação mais livre da história
universal. A América do Norte foi fundada para preservar a liberdade religiosa:
“Vida, liberdade e busca da felicidade” para todos.
Como se
pode ver, a evidência é impressionante. Não importa que esfera salutar da
atividade humana se considere, a influência de Jesus Cristo sobre a civilização
ocidental avulta e prepondera sobre todas as demais. A história mostra que
vidas têm sido transformadas nos lugares onde a mensagem de Jesus foi colocada
em prática, resultando em ganhos expressivos para a educação, a lei, a
sociedade e a cultura.
Inigualável
em Sua Vida Pessoal
Não é por
acaso que o homem que mais influenciou positivamente a civilização foi o que
viveu a vida mais extraordinária da história.
Considere
seu nascimento. Em cada Natal bilhões de cristãos e não-cristãos celebram seu
nascimento e relembram a característica incomum de sua vinda ao mundo: sua mãe
era uma virgem.
A vida
santificada de Jesus também o torna diferente de qualquer outro ser humano,
pois, como vamos provar mais adiante, mesmo seus inimigos não puderam encontrar
qualquer falta nele. Em toda a história humana, somente um homem que se
declarou perfeito foi levado a sério tanto por seus amigos como por seus inimigos.
Jesus nunca teve de se desculpar ou pedir perdão. Ele é inigualável pelo fato
de nunca ter pecado.
Os
magníficos ensinos desse humilde carpinteiro da Galiléia também o elevaram a
uma categoria ímpar. A maioria dos historiadores e filósofos ocidentais, assim
como muitos de outras tradições, reconhecem-no como o maior de todos os
mestres. Considere sua regra de “Amai os vossos inimigos” (Mt 5.44) ou “orai
pelos que vos caluniam” (Lc 5.28) ou “dai, e dar-se-vos-á” (Lc 6.38). Quase
todos os historiadores concordam que este mundo seria um lugar muito melhor, se
todos seguissem os ensinos do Nazareno.
Os
milagres de Jesus o colocam igualmente em posição incomparável. Como veremos
adiante, eles realmente aconteceram e são ainda incontestáveis. Sua capacidade
de curar enfermidades e sanar deformidades tidas como irreversíveis demonstra
que Ele tinha o poder de Deus no seu interior como ninguém mais.
Finalmente,
para coroar sua trajetória gloriosa neste mundo, Ele deu sua própria vida
sacrificialmente pelos pecados do mundo e em seguida realizou o maior de todos
os seus milagres: ressuscitou dentre os mortos. Esse acontecimento, comemorado
a cada ano como uma das duas datas mais sagradas do calendário cristão,
confere-lhe a supremacia como a pessoa mais extraordinária que já viveu.
Os
Títulos Inigualáveis Atribuídos a Jesus
Nenhuma
pessoa além de Jesus tem sido identificada por meio dos títulos a seguir,
porque nenhum outro foi qualificado para usá-los. Alguns desses títulos lhe
foram dados por anjos, outros por seus discípulos ou seguidores ou mesmo pelos
profetas hebreus. Nenhum desses títulos o caracteriza plenamente. Para
compreender quem Ele realmente foi e como será em sua segunda vinda, todos
devem ser considerados em conjunto. Uma coisa é certa: nenhum outro ser faz jus
ao mérito de ostentar sequer um desses títulos.
Todo-poderoso
Deus
forte
A palavra
era Deus
Senhor
meu e Deus meu
O grande
Deus
Nosso
salvador Jesus Cristo
Maravilhoso
Conselheiro
Pai da
eternidade
Príncipe
da paz
Alfa e
Ômega
Primeiro
e Último
Deus
bendito para sempre
O Cristo
Filho de
Deus
Jeová
O
princípio e o fim
O Senhor
Salvador
O Santo
Senhor de
todos
Emanuel
O
caminho, a verdade e a vida
Rei dos
reis
Senhor
dos senhores
Na história
do mundo, ninguém jamais saiu de uma oficina de carpinteiro para ostentar
títulos tão sublimes. Sua vida somente pode ser explicada pelo fato de ter sido
Ele, realmente, “o Filho de Deus” em um sentido único.
No fim de
semana em que escrevia estas palavras, Deus mostrou-me um exemplo perfeito
disto. Fiz o discurso de colação de grau da vigésima quinta turma da Christian
Heritage College, em San Diego, Califórnia (faculdade fundada pelos doutores
Henry Morris, Arthur Peters e por mim). Um dos alunos deu um incrível
testemunho.
O homem —
1 metro e 95 centímetros de altura, 110 quilos de peso — contou uma longa
história passada dentro e fora da prisão. Na última vez em que fora jogado em
uma cela, a primeira coisa que fez foi expulsar um dos presos do beliche mais
cobiçado do local, dizendo: “A partir de agora esta cama é minha — vai dizer
alguma coisa?” Com isso, ele se enfiou no beliche para ter um bom sono. Mas, em
vez disso, notou uma protuberância em seu colchão, uma Bíblia, a primeira que
tinha visto. Começou a ler e não parou mais até terminar o evangelho de João —
momento em que suplicou a Cristo que perdoasse seus pecados, aceitando-o como
Senhor e Salvador. Sete anos mais tarde ele era não somente um homem
transformado, sem mais qualquer pendência com a lei, mas estava se formando em
uma faculdade cristã a fim de ingressar em um seminário para se preparar para o
ministério. A influência do Nazareno se fez sentir novamente, mudando a
natureza decaída e a direção da vida desse homem.
Posso
dizer sem reserva que ninguém jamais exerceu uma influência tão positiva sobre
as pessoas do que Jesus de Nazaré!
A Razão
de Sua Singularidade
O simples
fato de Jesus de Nazaré ter influenciado este mundo mais do que qualquer outra
pessoa deve ser suficiente para estabelecer seu lugar ímpar na história humana.
Mas, quando decompomos as muitas outras facetas singulares de sua vida, ficamos
estarrecidos diante de um dilema incrivelmente difícil. Como explicar a contribuição
de toda sua vida, resumida a apenas três anos e meio? Quando um homem é
colocado no pedestal supremo, muito acima de todos os outros na história
humana, certamente deve ser por alguma razão. Qual seria?
Não foi
por sua descendência familiar próxima, porque sua mãe foi uma simples mulher
judia e seu pai, um humilde aldeão carpinteiro.
Não foi
por suas posses materiais, porque Ele não tinha dinheiro algum, nem mesmo um
lugar “onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). Ele foi acusado diante de um tribunal
vestindo uma túnica emprestada e seu corpo foi colocado em um túmulo também
emprestado.
Não foi
sua educação, pois não há nenhum registro de que Ele tenha freqüentado uma
escola. No entanto, com a idade de apenas doze anos, Ele confundiu os doutores de
teologia no templo de Jerusalém.
Não foi
por suas viagens pelo mundo, pois, com exceção de uma breve estada no Egito
quando era ainda bebê, Ele nunca viajou mais do que 150 quilômetros para fora
da cidade em que foi criado.
Não foi
porque viveu e ministrou em um país influente, pois Ele passou toda sua vida na
obscura e pequenina terra de Israel, tendo sido criado em uma cidade que gerava
a seguinte pergunta: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (Jo 1.46).
Não foi
porque teve amigos influentes, pois somente pescadores, cobradores de impostos
e outros homens sem representatividade alguma o seguiram.
Não foi
porque todas as pessoas gostavam dele, pois os líderes religiosos e políticos
elitistas várias vezes tentaram apedrejá-lo e finalmente o crucificaram.
Não foi
porque teve uma vida longa e bem-sucedida, pois Ele estava com apenas trinta e
três anos quando sacrificou sua vida por outros.
Não foi
porque teve um longo e extenso ministério, pois seu ministério durou apenas
três anos e meio. Pelos padrões humanos, Ele teve uma morte ignominiosa em uma
cruz tosca.
Não foi
porque estabeleceu muitas organizações para perpetuar sua memória, pois Ele
fundou somente uma — sua Igreja — e ela somente teve início depois de sua
morte.
Assim
sendo, a que atribuir a posição única de Jesus Cristo? Tenho lido as
insinuações daqueles que rejeitam a afirmação de Jesus ser Deus em forma humana
e observado suas inconsistências. As opiniões de tais pessoas são mais difíceis
de aceitar do que os simples relatos do evangelho. Como pôde esse homem
influenciar mais vidas e afetar a história humana mais profundamente do que
todos os outros? Em toda a história, ninguém pode comparar-se a Ele. E, no
entanto, Ele fez tudo isso em apenas três anos e meio! Todos os incrédulos
sinceros devem responder à pergunta: “como Ele conseguiu isso?”
À medida
que Jesus Cristo caminha ao longo das páginas da história humana, Ele é elevado
a uma categoria sem similar por sua peculiaridade. Por um lado, os descrentes
não podem deixar de reconhecê-lo, tamanhas foram suas contribuições em favor da
humanidade; nem podem eles explicar sua existência sem admitir sua divindade.
Albert Schweitzer, vítima de uma onda de ceticismo no começo deste século, teve
de admitir que o Jesus histórico é um enigma e um estranho para o nosso tempo.
Como o Dr. Carl E H. Henry, um dos últimos estudiosos verdadeiramente
conservadores da Bíblia na geração passada, escreveu: “Muitos estudiosos que
rejeitam que Jesus é Deus verdadeiro e homem verdadeiro, vendo-o apenas sob uma
única faceta, distinguem-no, apesar disso, da totalidade da raça humana. Os
tributos prestados a Jesus, mesmo por estudiosos que repudiam os credos
cristológicos históricos, não somente reverenciam o Nazareno acima de seus
contemporâneos, mas elevam-no bem acima de todos os seres antigos e modernos.
Essas avaliações de Jesus Cristo acabam por exaurir habituais categorias
antropológicas ao tentar explicá-lo.” Ele então conclui: “Aqueles que não começam
com a suposição cristã fundamental de que ‘o Verbo se fez carne’ (Jo 1.14), mas
procuram mostrar como um homem completo, como supõem que Cristo foi, estava
unido (de alguma forma) a Deus, não podem senão terminar em pontos de vista
confusos e contraditórios”.
Na
realidade, todas as descrições de Jesus que conflitam com aquelas apresentadas
nos quatro evangelhos são “não-históricas”. Jesus é quem Ele disse que era:
Deus em forma humana.
Não há
qualquer explanação meramente humana sobre o porquê de um simples, embora
brilhante, homem — que deveria ter sido esquecido há muito tempo por todo este
mundo — ser ainda a pessoa mais amada que já viveu, quase dois mil anos após
sua morte. As explicações humanas não conseguem explicar a influência que Ele ainda
exerce sobre este planeta. Apenas um fato explica a singularidade de Jesus
Cristo: Ele foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio sob forma humana,
exatamente como Ele se declarava.
Veja você
que atribuir somente humanidade a Jesus não é suficiente. Para cumprir o que
Ele fez, tanto em sua vida como em seus ensinamentos, precisava ser tanto Deus
como homem, operando juntos em uma pessoa única. Essa pessoa é Jesus de Nazaré.
Bibliografia
Tim LaHaye Quem É
Jesus?
A Pessoa
Mais Extraordinária Que Já Viveu
Ele era
conhecido em sua época como Jesus de Nazaré. Trabalhou como carpinteiro a maior
parte de sua vida adulta. Entretanto, Ele foi tão extraordinário pela forma
como viveu e pela influência que exerceu sobre a humanidade que a palavra
“extraordinário” não consegue caracterizá-lo.
Ninguém
mais — nem reis, ditadores, cientistas, educadores ou líderes militares — deu
uma contribuição maior que a de Jesus à história do mundo. Pelo menos doze
bilhões de pessoas passaram por este planeta, mas até hoje, quase dois mil anos
depois de sua morte, ninguém chegou sequer perto de ocupar a posição singular
que Ele ocupou na história.
Nunca faltaram
a este mundo grandes homens e mulheres. A história está repleta de nomes como
Salomão, Davi, Hamurabi, Ciro, Alexandre o Grande, César, Gêngis Khan, Joana
d’Arc, Napoleão Bonaparte, George Washington, Isaac Newton, Florence
Nightingale... a lista continua infinitamente.
Mas
ninguém se aproxima de Jesus Cristo em sua influência sobre a humanidade.
O próprio
H. G. Wells, romancista e historiador inglês, autor de cinco volumes sobre a
história do mundo, presentes nas prateleiras de quase todas as bibliotecas de
faculdades e universidades, acabou dando mais espaço a Jesus Cristo do que a
qualquer outro. E Wells não foi nenhum amigo da fé! Na realidade, seus
biógrafos retratam-no como um cético ou, possivelmente, um ateu. No entanto,
como um verdadeiro historiador, ele não pôde desconsiderar a maior de todas as
personalidades que já viveram.
Inigualável
em Sua Vida e Ensinamentos
Acima de
qualquer dúvida, Jesus Cristo é a pessoa mais estudada, discutida e analisada
que já viveu. Mesmo depois de vinte séculos, Ele tem mais defensores e
oponentes do que qualquer outra figura isoladamente. Enquanto existem
literalmente milhares de acadêmicos renomados que de boa vontade o confessam
como Senhor, há também outros milhares que, se pudessem, destruiriam sua
credibilidade. Desde o início Ele teve tanto seguidores como caluniadores, e
temos sido advertidos de que esta situação perdurará até o final dos tempos.
Existe um
falado Seminário Jesus, um grupo de setenta e dois estudiosos liberais que se
encontram duas vezes por ano em um esforço de redesenhar a vida e o caráter de
Jesus. Remodelando-o como um simples “sábio ou cínico”, eles tentam despojá-lo
de sua singularidade. Entretanto, a despeito de seu fácil acesso à mídia popular,
incluindo Newsweek, Time e U.S. News and World Report, não tiveram êxito na
conquista de muitos adeptos. Na verdade, seu maior sucesso foi fazer com que
muitos estudiosos, escritores e teólogos — homens brilhantes que examinaram a
evidência da singularidade de Jesus — publicassem suas razões sólidas e dignas
de crédito para crerem que Jesus Cristo foi de fato aquele que os evangelhos
retratam, a mais extraordinária e influente pessoa que já passou pela Terra.
Os
eruditos do Seminário Jesus, assim como outros como eles, têm dificuldades para
explicar como um simples sábio ou cínico poderia ter influenciado o mundo de
forma tão fantástica como Jesus. A grande pergunta resume-se nisto: Quem foi
Jesus de Nazaré? Se Ele foi apenas um notável carpinteiro nascido em um país
obscuro, mesmo as mentes céticas mais aguçadas têm dificuldade de explicar por
que, de todas as pessoas brilhantes que já existiram, Jesus permanece em uma
categoria própria.
Isaac
Newton é considerado por muitos especialistas o mais brilhante cientista que já
existiu. Entretanto, esse homem jamais tentou comparar-se a Jesus Cristo; pelo
contrário, sabemos que ele foi um crente ardoroso e seguidor fiel do Nazareno.
Blaise Pascal é considerado um dos maiores filósofos do mundo e, no entanto,
como Newton, nunca tentou usurpar o lugar de Jesus Cristo. Pascal creu durante
toda sua vida no Salvador, até sua morte dolorosa. O mesmo pode ser dito de
Willian Gladstone, Louis Pasteur e de milhares de eruditos, cientistas juristas
e escritores brilhantes, bem como de milhões de pessoas comuns. Todos eles
estudaram sua vida e seus ensinos, examinaram ambos os lados das evidências e
vieram a crer mais do que nunca que Jesus é o Filho de Deus — incomparável
entre todos os que existiram.
Inigualável
por Seu Impacto
Para
colocarmos a influência de Jesus em perspectiva, consideremos vários aspectos
proeminentes de sua singularidade. Jesus de Nazaré é incomparável como
influência moral. Sua vida e seus ensinos continuam insuperáveis em sua
capacidade de guiar culturas, tribos e pessoas, tirando-as de sua confusão
moral.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência artística. Ele tem servido de inspiração
na arte e na música do mundo mais do que qualquer outra pessoa. Alguns dos
maiores oratórios e hinos da história foram escritos a respeito dele ou para
Ele. Jesus é o tema central de mais livros e música do que qualquer outro
indivíduo. A Biblioteca do Congresso norte-americano, considerada a mais
completa biblioteca do mundo, registra mais obras sobre Jesus do que sobre
qualquer outra pessoa.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência humanitária. Mais hospitais, orfanatos,
casas de repouso e missões de salvamento têm sido dedicados a Ele do que a
todos os líderes religiosos reunidos. Mais esforços para ajudar pessoas têm
sido realizados, financiados e perpetuados por seus seguidores do que todos os
outros juntos.
Jesus de
Nazaré é incomparável em sua capacidade de inspirar devoção. Nenhum outro
indivíduo nos últimos dois mil anos atraiu maior dedicação entre seus
seguidores. Embora Jesus nunca tenha levantado um exército durante seus três
anos e meio de ministério, milhões e milhões de seus seguidores espalharam-se
pelas partes mais remotas do planeta para levar sua mensagem — não por
dinheiro, terras ou recompensas materiais, mas por pura devoção a Ele.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência escolástica(1.Hist. Filos. Doutrinas
teológico-filosóficas dominantes na Idade Média, dos sécs. IX ao XVII, caracterizadas
sobretudo pelo problema da relação entre a fé e a razão, problema que se
resolve pela dependência do pensamento filosófico, representado pela filosofia
greco-romana, da teologia cristã. Desenvolveram-se na escolástica inúmeros
sistemas que se definem, do ponto de vista estritamente filosófico, pela
posição adotada quanto ao problema dos universais (q. v.), e dos quais se
destacam os sistemas de Santo Anselmo (v. anselmiano), de São Tomás (v.
tomismo) e de Guilherme de Ockham (v. ockhamismo). [Sin. ger.:
escolasticismo.]). Embora nunca tenha fundado uma faculdade, seus ensinamentos
e seus seguidores contribuíram mais para as instituições de alfabetização e
matérias educativas — de todos os níveis, desde o jardim da infância até as
universidades — do que todos os outros reunidos. Somente nos Estados Unidos,
uma nação de instituições educativas, 128 faculdades foram estabelecidas nos
primeiros cem anos da história do país — fundadas por uma igreja, denominação,
ou grupo religioso. Harvard, Princeton e Yale, que foram os centros da educação
norte-americana durante duzentos anos, foram criadas para preparar ministros,
missionários e líderes cristãos. Além disso, numerosas faculdades cristãs foram
fundadas em honra do Mestre.
Antes que
o evangelho chegasse à América, foram os seguidores de Jesus Cristo que
proveram educação às crianças de famílias comuns. Antes de Martinho Lutero na
Alemanha e João Calvino na França e na Suíça, somente os ricos, os membros da
realeza ou gênios do mundo eram considerados aptos para a educação. Porém esses
grandes reformadores viram a educação como meio de ensinar a Bíblia a todas as
gerações, as quais, pela primeira vez, puderam ler as Escrituras em suas
línguas maternas. Os colonizadores implantaram esse modelo no Novo Mundo. Não
foi por mero acaso que esse direcionamento para a educação das crianças entre
os séculos dezesseis e dezoito lançou as bases para o crescimento explosivo da
Revolução Industrial do século dezenove.
Em
flagrante contraste, as culturas seculares do mundo pouco fizeram para
alfabetizar milhares de tribos indígenas que (em um determinado estágio) não
possuíam uma linguagem escrita. Enquanto isso, os seguidores de Jesus traduziam
a Bíblia em incontáveis línguas e ensinavam milhões a ler. A intenção desses
desbravadores era prover a alfabetização e levar a Bíblia a todas as tribos do
mundo na virada do próximo milênio. A razão para isso? Dedicação a Jesus
Cristo.
Jesus de
Nazaré é incomparável em seu impacto sobre as mulheres. Ninguém fez tanto para
elevar a dignidade da mulher em geral e da maternidade do que Jesus Cristo. Ele
veio a este mundo quando as mulheres eram consideradas apenas um pouco acima
dos animais. Muitas eram negociadas como gado e poucas desfrutavam direitos
pessoais perante a lei e o casamento. Nos lugares atingidos pela mensagem de
Cristo, as mulheres se viram enobrecidas e respeitadas como seres humanos
feitos à imagem de Deus. Os seguidores de Cristo legaram às mulheres o direito
ao voto através de movimentos em toda a Europa, Inglaterra e Estados Unidos. E
seus discípulos constituem hoje a legião daqueles que se posicionam em defesa
dos bebês não-nascidos. As mulheres não cristãs do Ocidente podem não
compreender a dívida que têm para com Jesus Cristo e seus ensinos, mas é ao
Nazareno e aos seus discípulos que elas devem agradecer pela posição elevada
que usufruem hoje.
Jesus de
Nazaré é incomparável em sua influência sobre a liberdade e a justiça. Ninguém
promoveu tão profundamente a liberdade e a justiça pessoal do que os seguidores
de Jesus, armados com o padrão de sua lei. A lei inglesa e norte-americana,
considerada como modelo para todo o mundo, deve sua existência basicamente aos
ingleses John Locke, William Gladstone, William Wilberforce, William Blackstone
e aos americanos James Witherspoon, John Adams, James Madison e John Marshall.
Todos foram seguidores devotados de Cristo, que conheciam e aplicavam seus
princípios e ensinos para a preservação dos direitos e liberdade individuais
sob a lei. Todos esses homens influentes admitiram livremente que deviam sua
grandeza a Ele.
O clímax
dessa dedicação à liberdade individual veio com a Declaração da Independência
dos Estados Unidos da América, cujas palavras — “Todos os homens foram criados
iguais” — tornaram-se a pedra angular da nação mais livre da história
universal. A América do Norte foi fundada para preservar a liberdade religiosa:
“Vida, liberdade e busca da felicidade” para todos.
Como se
pode ver, a evidência é impressionante. Não importa que esfera salutar da
atividade humana se considere, a influência de Jesus Cristo sobre a civilização
ocidental avulta e prepondera sobre todas as demais. A história mostra que
vidas têm sido transformadas nos lugares onde a mensagem de Jesus foi colocada
em prática, resultando em ganhos expressivos para a educação, a lei, a
sociedade e a cultura.
Inigualável
em Sua Vida Pessoal
Não é por
acaso que o homem que mais influenciou positivamente a civilização foi o que
viveu a vida mais extraordinária da história.
Considere
seu nascimento. Em cada Natal bilhões de cristãos e não-cristãos celebram seu
nascimento e relembram a característica incomum de sua vinda ao mundo: sua mãe
era uma virgem.
A vida
santificada de Jesus também o torna diferente de qualquer outro ser humano,
pois, como vamos provar mais adiante, mesmo seus inimigos não puderam encontrar
qualquer falta nele. Em toda a história humana, somente um homem que se
declarou perfeito foi levado a sério tanto por seus amigos como por seus inimigos.
Jesus nunca teve de se desculpar ou pedir perdão. Ele é inigualável pelo fato
de nunca ter pecado.
Os
magníficos ensinos desse humilde carpinteiro da Galiléia também o elevaram a
uma categoria ímpar. A maioria dos historiadores e filósofos ocidentais, assim
como muitos de outras tradições, reconhecem-no como o maior de todos os
mestres. Considere sua regra de “Amai os vossos inimigos” (Mt 5.44) ou “orai
pelos que vos caluniam” (Lc 5.28) ou “dai, e dar-se-vos-á” (Lc 6.38). Quase
todos os historiadores concordam que este mundo seria um lugar muito melhor, se
todos seguissem os ensinos do Nazareno.
Os
milagres de Jesus o colocam igualmente em posição incomparável. Como veremos
adiante, eles realmente aconteceram e são ainda incontestáveis. Sua capacidade
de curar enfermidades e sanar deformidades tidas como irreversíveis demonstra
que Ele tinha o poder de Deus no seu interior como ninguém mais.
Finalmente,
para coroar sua trajetória gloriosa neste mundo, Ele deu sua própria vida
sacrificialmente pelos pecados do mundo e em seguida realizou o maior de todos
os seus milagres: ressuscitou dentre os mortos. Esse acontecimento, comemorado
a cada ano como uma das duas datas mais sagradas do calendário cristão,
confere-lhe a supremacia como a pessoa mais extraordinária que já viveu.
Os
Títulos Inigualáveis Atribuídos a Jesus
Nenhuma
pessoa além de Jesus tem sido identificada por meio dos títulos a seguir,
porque nenhum outro foi qualificado para usá-los. Alguns desses títulos lhe
foram dados por anjos, outros por seus discípulos ou seguidores ou mesmo pelos
profetas hebreus. Nenhum desses títulos o caracteriza plenamente. Para
compreender quem Ele realmente foi e como será em sua segunda vinda, todos
devem ser considerados em conjunto. Uma coisa é certa: nenhum outro ser faz jus
ao mérito de ostentar sequer um desses títulos.
Todo-poderoso
Deus
forte
A palavra
era Deus
Senhor
meu e Deus meu
O grande
Deus
Nosso
salvador Jesus Cristo
Maravilhoso
Conselheiro
Pai da
eternidade
Príncipe
da paz
Alfa e
Ômega
Primeiro
e Último
Deus
bendito para sempre
O Cristo
Filho de
Deus
Jeová
O
princípio e o fim
O Senhor
Salvador
O Santo
Senhor de
todos
Emanuel
O
caminho, a verdade e a vida
Rei dos
reis
Senhor
dos senhores
Na história
do mundo, ninguém jamais saiu de uma oficina de carpinteiro para ostentar
títulos tão sublimes. Sua vida somente pode ser explicada pelo fato de ter sido
Ele, realmente, “o Filho de Deus” em um sentido único.
No fim de
semana em que escrevia estas palavras, Deus mostrou-me um exemplo perfeito
disto. Fiz o discurso de colação de grau da vigésima quinta turma da Christian
Heritage College, em San Diego, Califórnia (faculdade fundada pelos doutores
Henry Morris, Arthur Peters e por mim). Um dos alunos deu um incrível
testemunho.
O homem —
1 metro e 95 centímetros de altura, 110 quilos de peso — contou uma longa
história passada dentro e fora da prisão. Na última vez em que fora jogado em
uma cela, a primeira coisa que fez foi expulsar um dos presos do beliche mais
cobiçado do local, dizendo: “A partir de agora esta cama é minha — vai dizer
alguma coisa?” Com isso, ele se enfiou no beliche para ter um bom sono. Mas, em
vez disso, notou uma protuberância em seu colchão, uma Bíblia, a primeira que
tinha visto. Começou a ler e não parou mais até terminar o evangelho de João —
momento em que suplicou a Cristo que perdoasse seus pecados, aceitando-o como
Senhor e Salvador. Sete anos mais tarde ele era não somente um homem
transformado, sem mais qualquer pendência com a lei, mas estava se formando em
uma faculdade cristã a fim de ingressar em um seminário para se preparar para o
ministério. A influência do Nazareno se fez sentir novamente, mudando a
natureza decaída e a direção da vida desse homem.
Posso
dizer sem reserva que ninguém jamais exerceu uma influência tão positiva sobre
as pessoas do que Jesus de Nazaré!
A Razão
de Sua Singularidade
O simples
fato de Jesus de Nazaré ter influenciado este mundo mais do que qualquer outra
pessoa deve ser suficiente para estabelecer seu lugar ímpar na história humana.
Mas, quando decompomos as muitas outras facetas singulares de sua vida, ficamos
estarrecidos diante de um dilema incrivelmente difícil. Como explicar a contribuição
de toda sua vida, resumida a apenas três anos e meio? Quando um homem é
colocado no pedestal supremo, muito acima de todos os outros na história
humana, certamente deve ser por alguma razão. Qual seria?
Não foi
por sua descendência familiar próxima, porque sua mãe foi uma simples mulher
judia e seu pai, um humilde aldeão carpinteiro.
Não foi
por suas posses materiais, porque Ele não tinha dinheiro algum, nem mesmo um
lugar “onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). Ele foi acusado diante de um tribunal
vestindo uma túnica emprestada e seu corpo foi colocado em um túmulo também
emprestado.
Não foi
sua educação, pois não há nenhum registro de que Ele tenha freqüentado uma
escola. No entanto, com a idade de apenas doze anos, Ele confundiu os doutores de
teologia no templo de Jerusalém.
Não foi
por suas viagens pelo mundo, pois, com exceção de uma breve estada no Egito
quando era ainda bebê, Ele nunca viajou mais do que 150 quilômetros para fora
da cidade em que foi criado.
Não foi
porque viveu e ministrou em um país influente, pois Ele passou toda sua vida na
obscura e pequenina terra de Israel, tendo sido criado em uma cidade que gerava
a seguinte pergunta: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (Jo 1.46).
Não foi
porque teve amigos influentes, pois somente pescadores, cobradores de impostos
e outros homens sem representatividade alguma o seguiram.
Não foi
porque todas as pessoas gostavam dele, pois os líderes religiosos e políticos
elitistas várias vezes tentaram apedrejá-lo e finalmente o crucificaram.
Não foi
porque teve uma vida longa e bem-sucedida, pois Ele estava com apenas trinta e
três anos quando sacrificou sua vida por outros.
Não foi
porque teve um longo e extenso ministério, pois seu ministério durou apenas
três anos e meio. Pelos padrões humanos, Ele teve uma morte ignominiosa em uma
cruz tosca.
Não foi
porque estabeleceu muitas organizações para perpetuar sua memória, pois Ele
fundou somente uma — sua Igreja — e ela somente teve início depois de sua
morte.
Assim
sendo, a que atribuir a posição única de Jesus Cristo? Tenho lido as
insinuações daqueles que rejeitam a afirmação de Jesus ser Deus em forma humana
e observado suas inconsistências. As opiniões de tais pessoas são mais difíceis
de aceitar do que os simples relatos do evangelho. Como pôde esse homem
influenciar mais vidas e afetar a história humana mais profundamente do que
todos os outros? Em toda a história, ninguém pode comparar-se a Ele. E, no
entanto, Ele fez tudo isso em apenas três anos e meio! Todos os incrédulos
sinceros devem responder à pergunta: “como Ele conseguiu isso?”
À medida
que Jesus Cristo caminha ao longo das páginas da história humana, Ele é elevado
a uma categoria sem similar por sua peculiaridade. Por um lado, os descrentes
não podem deixar de reconhecê-lo, tamanhas foram suas contribuições em favor da
humanidade; nem podem eles explicar sua existência sem admitir sua divindade.
Albert Schweitzer, vítima de uma onda de ceticismo no começo deste século, teve
de admitir que o Jesus histórico é um enigma e um estranho para o nosso tempo.
Como o Dr. Carl E H. Henry, um dos últimos estudiosos verdadeiramente
conservadores da Bíblia na geração passada, escreveu: “Muitos estudiosos que
rejeitam que Jesus é Deus verdadeiro e homem verdadeiro, vendo-o apenas sob uma
única faceta, distinguem-no, apesar disso, da totalidade da raça humana. Os
tributos prestados a Jesus, mesmo por estudiosos que repudiam os credos
cristológicos históricos, não somente reverenciam o Nazareno acima de seus
contemporâneos, mas elevam-no bem acima de todos os seres antigos e modernos.
Essas avaliações de Jesus Cristo acabam por exaurir habituais categorias
antropológicas ao tentar explicá-lo.” Ele então conclui: “Aqueles que não começam
com a suposição cristã fundamental de que ‘o Verbo se fez carne’ (Jo 1.14), mas
procuram mostrar como um homem completo, como supõem que Cristo foi, estava
unido (de alguma forma) a Deus, não podem senão terminar em pontos de vista
confusos e contraditórios”.
Na
realidade, todas as descrições de Jesus que conflitam com aquelas apresentadas
nos quatro evangelhos são “não-históricas”. Jesus é quem Ele disse que era:
Deus em forma humana.
Não há qualquer explanação meramente humana sobre o porquê de um simples, embora brilhante, homem — que deveria ter sido esquecido há muito tempo por todo este mundo — ser ainda a pessoa mais amada que já viveu, quase dois mil anos após sua morte. As explicações humanas não conseguem explicar a influência que Ele ainda exerce sobre este planeta. Apenas um fato explica a singularidade de Jesus Cristo: Ele foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio sob forma humana, exatamente como Ele se declarava.
Veja você
que atribuir somente humanidade a Jesus não é suficiente. Para cumprir o que
Ele fez, tanto em sua vida como em seus ensinamentos, precisava ser tanto Deus
como homem, operando juntos em uma pessoa única. Essa pessoa é Jesus de Nazaré.
Bibliografia
Tim LaHaye Quem É
Jesus?
A Pessoa
Mais Extraordinária Que Já Viveu
Ele era
conhecido em sua época como Jesus de Nazaré. Trabalhou como carpinteiro a maior
parte de sua vida adulta. Entretanto, Ele foi tão extraordinário pela forma
como viveu e pela influência que exerceu sobre a humanidade que a palavra
“extraordinário” não consegue caracterizá-lo.
Ninguém
mais — nem reis, ditadores, cientistas, educadores ou líderes militares — deu
uma contribuição maior que a de Jesus à história do mundo. Pelo menos doze
bilhões de pessoas passaram por este planeta, mas até hoje, quase dois mil anos
depois de sua morte, ninguém chegou sequer perto de ocupar a posição singular
que Ele ocupou na história.
Nunca faltaram
a este mundo grandes homens e mulheres. A história está repleta de nomes como
Salomão, Davi, Hamurabi, Ciro, Alexandre o Grande, César, Gêngis Khan, Joana
d’Arc, Napoleão Bonaparte, George Washington, Isaac Newton, Florence
Nightingale... a lista continua infinitamente.
Mas
ninguém se aproxima de Jesus Cristo em sua influência sobre a humanidade.
O próprio
H. G. Wells, romancista e historiador inglês, autor de cinco volumes sobre a
história do mundo, presentes nas prateleiras de quase todas as bibliotecas de
faculdades e universidades, acabou dando mais espaço a Jesus Cristo do que a
qualquer outro. E Wells não foi nenhum amigo da fé! Na realidade, seus
biógrafos retratam-no como um cético ou, possivelmente, um ateu. No entanto,
como um verdadeiro historiador, ele não pôde desconsiderar a maior de todas as
personalidades que já viveram.
Inigualável
em Sua Vida e Ensinamentos
Acima de
qualquer dúvida, Jesus Cristo é a pessoa mais estudada, discutida e analisada
que já viveu. Mesmo depois de vinte séculos, Ele tem mais defensores e
oponentes do que qualquer outra figura isoladamente. Enquanto existem
literalmente milhares de acadêmicos renomados que de boa vontade o confessam
como Senhor, há também outros milhares que, se pudessem, destruiriam sua
credibilidade. Desde o início Ele teve tanto seguidores como caluniadores, e
temos sido advertidos de que esta situação perdurará até o final dos tempos.
Existe um
falado Seminário Jesus, um grupo de setenta e dois estudiosos liberais que se
encontram duas vezes por ano em um esforço de redesenhar a vida e o caráter de
Jesus. Remodelando-o como um simples “sábio ou cínico”, eles tentam despojá-lo
de sua singularidade. Entretanto, a despeito de seu fácil acesso à mídia popular,
incluindo Newsweek, Time e U.S. News and World Report, não tiveram êxito na
conquista de muitos adeptos. Na verdade, seu maior sucesso foi fazer com que
muitos estudiosos, escritores e teólogos — homens brilhantes que examinaram a
evidência da singularidade de Jesus — publicassem suas razões sólidas e dignas
de crédito para crerem que Jesus Cristo foi de fato aquele que os evangelhos
retratam, a mais extraordinária e influente pessoa que já passou pela Terra.
Os
eruditos do Seminário Jesus, assim como outros como eles, têm dificuldades para
explicar como um simples sábio ou cínico poderia ter influenciado o mundo de
forma tão fantástica como Jesus. A grande pergunta resume-se nisto: Quem foi
Jesus de Nazaré? Se Ele foi apenas um notável carpinteiro nascido em um país
obscuro, mesmo as mentes céticas mais aguçadas têm dificuldade de explicar por
que, de todas as pessoas brilhantes que já existiram, Jesus permanece em uma
categoria própria.
Isaac
Newton é considerado por muitos especialistas o mais brilhante cientista que já
existiu. Entretanto, esse homem jamais tentou comparar-se a Jesus Cristo; pelo
contrário, sabemos que ele foi um crente ardoroso e seguidor fiel do Nazareno.
Blaise Pascal é considerado um dos maiores filósofos do mundo e, no entanto,
como Newton, nunca tentou usurpar o lugar de Jesus Cristo. Pascal creu durante
toda sua vida no Salvador, até sua morte dolorosa. O mesmo pode ser dito de
Willian Gladstone, Louis Pasteur e de milhares de eruditos, cientistas juristas
e escritores brilhantes, bem como de milhões de pessoas comuns. Todos eles
estudaram sua vida e seus ensinos, examinaram ambos os lados das evidências e
vieram a crer mais do que nunca que Jesus é o Filho de Deus — incomparável
entre todos os que existiram.
Inigualável
por Seu Impacto
Para
colocarmos a influência de Jesus em perspectiva, consideremos vários aspectos
proeminentes de sua singularidade. Jesus de Nazaré é incomparável como
influência moral. Sua vida e seus ensinos continuam insuperáveis em sua
capacidade de guiar culturas, tribos e pessoas, tirando-as de sua confusão
moral.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência artística. Ele tem servido de inspiração
na arte e na música do mundo mais do que qualquer outra pessoa. Alguns dos
maiores oratórios e hinos da história foram escritos a respeito dele ou para
Ele. Jesus é o tema central de mais livros e música do que qualquer outro
indivíduo. A Biblioteca do Congresso norte-americano, considerada a mais
completa biblioteca do mundo, registra mais obras sobre Jesus do que sobre
qualquer outra pessoa.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência humanitária. Mais hospitais, orfanatos,
casas de repouso e missões de salvamento têm sido dedicados a Ele do que a
todos os líderes religiosos reunidos. Mais esforços para ajudar pessoas têm
sido realizados, financiados e perpetuados por seus seguidores do que todos os
outros juntos.
Jesus de
Nazaré é incomparável em sua capacidade de inspirar devoção. Nenhum outro
indivíduo nos últimos dois mil anos atraiu maior dedicação entre seus
seguidores. Embora Jesus nunca tenha levantado um exército durante seus três
anos e meio de ministério, milhões e milhões de seus seguidores espalharam-se
pelas partes mais remotas do planeta para levar sua mensagem — não por
dinheiro, terras ou recompensas materiais, mas por pura devoção a Ele.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência escolástica(1.Hist. Filos. Doutrinas
teológico-filosóficas dominantes na Idade Média, dos sécs. IX ao XVII, caracterizadas
sobretudo pelo problema da relação entre a fé e a razão, problema que se
resolve pela dependência do pensamento filosófico, representado pela filosofia
greco-romana, da teologia cristã. Desenvolveram-se na escolástica inúmeros
sistemas que se definem, do ponto de vista estritamente filosófico, pela
posição adotada quanto ao problema dos universais (q. v.), e dos quais se
destacam os sistemas de Santo Anselmo (v. anselmiano), de São Tomás (v.
tomismo) e de Guilherme de Ockham (v. ockhamismo). [Sin. ger.:
escolasticismo.]). Embora nunca tenha fundado uma faculdade, seus ensinamentos
e seus seguidores contribuíram mais para as instituições de alfabetização e
matérias educativas — de todos os níveis, desde o jardim da infância até as
universidades — do que todos os outros reunidos. Somente nos Estados Unidos,
uma nação de instituições educativas, 128 faculdades foram estabelecidas nos
primeiros cem anos da história do país — fundadas por uma igreja, denominação,
ou grupo religioso. Harvard, Princeton e Yale, que foram os centros da educação
norte-americana durante duzentos anos, foram criadas para preparar ministros,
missionários e líderes cristãos. Além disso, numerosas faculdades cristãs foram
fundadas em honra do Mestre.
Antes que
o evangelho chegasse à América, foram os seguidores de Jesus Cristo que
proveram educação às crianças de famílias comuns. Antes de Martinho Lutero na
Alemanha e João Calvino na França e na Suíça, somente os ricos, os membros da
realeza ou gênios do mundo eram considerados aptos para a educação. Porém esses
grandes reformadores viram a educação como meio de ensinar a Bíblia a todas as
gerações, as quais, pela primeira vez, puderam ler as Escrituras em suas
línguas maternas. Os colonizadores implantaram esse modelo no Novo Mundo. Não
foi por mero acaso que esse direcionamento para a educação das crianças entre
os séculos dezesseis e dezoito lançou as bases para o crescimento explosivo da
Revolução Industrial do século dezenove.
Em
flagrante contraste, as culturas seculares do mundo pouco fizeram para
alfabetizar milhares de tribos indígenas que (em um determinado estágio) não
possuíam uma linguagem escrita. Enquanto isso, os seguidores de Jesus traduziam
a Bíblia em incontáveis línguas e ensinavam milhões a ler. A intenção desses
desbravadores era prover a alfabetização e levar a Bíblia a todas as tribos do
mundo na virada do próximo milênio. A razão para isso? Dedicação a Jesus
Cristo.
Jesus de
Nazaré é incomparável em seu impacto sobre as mulheres. Ninguém fez tanto para
elevar a dignidade da mulher em geral e da maternidade do que Jesus Cristo. Ele
veio a este mundo quando as mulheres eram consideradas apenas um pouco acima
dos animais. Muitas eram negociadas como gado e poucas desfrutavam direitos
pessoais perante a lei e o casamento. Nos lugares atingidos pela mensagem de
Cristo, as mulheres se viram enobrecidas e respeitadas como seres humanos
feitos à imagem de Deus. Os seguidores de Cristo legaram às mulheres o direito
ao voto através de movimentos em toda a Europa, Inglaterra e Estados Unidos. E
seus discípulos constituem hoje a legião daqueles que se posicionam em defesa
dos bebês não-nascidos. As mulheres não cristãs do Ocidente podem não
compreender a dívida que têm para com Jesus Cristo e seus ensinos, mas é ao
Nazareno e aos seus discípulos que elas devem agradecer pela posição elevada
que usufruem hoje.
Jesus de
Nazaré é incomparável em sua influência sobre a liberdade e a justiça. Ninguém
promoveu tão profundamente a liberdade e a justiça pessoal do que os seguidores
de Jesus, armados com o padrão de sua lei. A lei inglesa e norte-americana,
considerada como modelo para todo o mundo, deve sua existência basicamente aos
ingleses John Locke, William Gladstone, William Wilberforce, William Blackstone
e aos americanos James Witherspoon, John Adams, James Madison e John Marshall.
Todos foram seguidores devotados de Cristo, que conheciam e aplicavam seus
princípios e ensinos para a preservação dos direitos e liberdade individuais
sob a lei. Todos esses homens influentes admitiram livremente que deviam sua
grandeza a Ele.
O clímax
dessa dedicação à liberdade individual veio com a Declaração da Independência
dos Estados Unidos da América, cujas palavras — “Todos os homens foram criados
iguais” — tornaram-se a pedra angular da nação mais livre da história
universal. A América do Norte foi fundada para preservar a liberdade religiosa:
“Vida, liberdade e busca da felicidade” para todos.
Como se
pode ver, a evidência é impressionante. Não importa que esfera salutar da
atividade humana se considere, a influência de Jesus Cristo sobre a civilização
ocidental avulta e prepondera sobre todas as demais. A história mostra que
vidas têm sido transformadas nos lugares onde a mensagem de Jesus foi colocada
em prática, resultando em ganhos expressivos para a educação, a lei, a
sociedade e a cultura.
Inigualável
em Sua Vida Pessoal
Não é por
acaso que o homem que mais influenciou positivamente a civilização foi o que
viveu a vida mais extraordinária da história.
Considere
seu nascimento. Em cada Natal bilhões de cristãos e não-cristãos celebram seu
nascimento e relembram a característica incomum de sua vinda ao mundo: sua mãe
era uma virgem.
A vida santificada de Jesus também o torna diferente de qualquer outro ser humano, pois, como vamos provar mais adiante, mesmo seus inimigos não puderam encontrar qualquer falta nele. Em toda a história humana, somente um homem que se declarou perfeito foi levado a sério tanto por seus amigos como por seus inimigos. Jesus nunca teve de se desculpar ou pedir perdão. Ele é inigualável pelo fato de nunca ter pecado.
Os
magníficos ensinos desse humilde carpinteiro da Galiléia também o elevaram a
uma categoria ímpar. A maioria dos historiadores e filósofos ocidentais, assim
como muitos de outras tradições, reconhecem-no como o maior de todos os
mestres. Considere sua regra de “Amai os vossos inimigos” (Mt 5.44) ou “orai
pelos que vos caluniam” (Lc 5.28) ou “dai, e dar-se-vos-á” (Lc 6.38). Quase
todos os historiadores concordam que este mundo seria um lugar muito melhor, se
todos seguissem os ensinos do Nazareno.
Os
milagres de Jesus o colocam igualmente em posição incomparável. Como veremos
adiante, eles realmente aconteceram e são ainda incontestáveis. Sua capacidade
de curar enfermidades e sanar deformidades tidas como irreversíveis demonstra
que Ele tinha o poder de Deus no seu interior como ninguém mais.
Finalmente,
para coroar sua trajetória gloriosa neste mundo, Ele deu sua própria vida
sacrificialmente pelos pecados do mundo e em seguida realizou o maior de todos
os seus milagres: ressuscitou dentre os mortos. Esse acontecimento, comemorado
a cada ano como uma das duas datas mais sagradas do calendário cristão,
confere-lhe a supremacia como a pessoa mais extraordinária que já viveu.
Os
Títulos Inigualáveis Atribuídos a Jesus
Nenhuma
pessoa além de Jesus tem sido identificada por meio dos títulos a seguir,
porque nenhum outro foi qualificado para usá-los. Alguns desses títulos lhe
foram dados por anjos, outros por seus discípulos ou seguidores ou mesmo pelos
profetas hebreus. Nenhum desses títulos o caracteriza plenamente. Para
compreender quem Ele realmente foi e como será em sua segunda vinda, todos
devem ser considerados em conjunto. Uma coisa é certa: nenhum outro ser faz jus
ao mérito de ostentar sequer um desses títulos.
Todo-poderoso
Deus
forte
A palavra
era Deus
Senhor
meu e Deus meu
O grande
Deus
Nosso
salvador Jesus Cristo
Maravilhoso
Conselheiro
Pai da
eternidade
Príncipe
da paz
Alfa e
Ômega
Primeiro
e Último
Deus
bendito para sempre
O Cristo
Filho de
Deus
Jeová
O
princípio e o fim
O Senhor
Salvador
O Santo
Senhor de
todos
Emanuel
O
caminho, a verdade e a vida
Rei dos
reis
Senhor
dos senhores
Na história
do mundo, ninguém jamais saiu de uma oficina de carpinteiro para ostentar
títulos tão sublimes. Sua vida somente pode ser explicada pelo fato de ter sido
Ele, realmente, “o Filho de Deus” em um sentido único.
No fim de
semana em que escrevia estas palavras, Deus mostrou-me um exemplo perfeito
disto. Fiz o discurso de colação de grau da vigésima quinta turma da Christian
Heritage College, em San Diego, Califórnia (faculdade fundada pelos doutores
Henry Morris, Arthur Peters e por mim). Um dos alunos deu um incrível
testemunho.
O homem —
1 metro e 95 centímetros de altura, 110 quilos de peso — contou uma longa
história passada dentro e fora da prisão. Na última vez em que fora jogado em
uma cela, a primeira coisa que fez foi expulsar um dos presos do beliche mais
cobiçado do local, dizendo: “A partir de agora esta cama é minha — vai dizer
alguma coisa?” Com isso, ele se enfiou no beliche para ter um bom sono. Mas, em
vez disso, notou uma protuberância em seu colchão, uma Bíblia, a primeira que
tinha visto. Começou a ler e não parou mais até terminar o evangelho de João —
momento em que suplicou a Cristo que perdoasse seus pecados, aceitando-o como
Senhor e Salvador. Sete anos mais tarde ele era não somente um homem
transformado, sem mais qualquer pendência com a lei, mas estava se formando em
uma faculdade cristã a fim de ingressar em um seminário para se preparar para o
ministério. A influência do Nazareno se fez sentir novamente, mudando a
natureza decaída e a direção da vida desse homem.
Posso
dizer sem reserva que ninguém jamais exerceu uma influência tão positiva sobre
as pessoas do que Jesus de Nazaré!
A Razão
de Sua Singularidade
O simples
fato de Jesus de Nazaré ter influenciado este mundo mais do que qualquer outra
pessoa deve ser suficiente para estabelecer seu lugar ímpar na história humana.
Mas, quando decompomos as muitas outras facetas singulares de sua vida, ficamos
estarrecidos diante de um dilema incrivelmente difícil. Como explicar a contribuição
de toda sua vida, resumida a apenas três anos e meio? Quando um homem é
colocado no pedestal supremo, muito acima de todos os outros na história
humana, certamente deve ser por alguma razão. Qual seria?
Não foi
por sua descendência familiar próxima, porque sua mãe foi uma simples mulher
judia e seu pai, um humilde aldeão carpinteiro.
Não foi
por suas posses materiais, porque Ele não tinha dinheiro algum, nem mesmo um
lugar “onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). Ele foi acusado diante de um tribunal
vestindo uma túnica emprestada e seu corpo foi colocado em um túmulo também
emprestado.
Não foi
sua educação, pois não há nenhum registro de que Ele tenha freqüentado uma
escola. No entanto, com a idade de apenas doze anos, Ele confundiu os doutores de
teologia no templo de Jerusalém.
Não foi
por suas viagens pelo mundo, pois, com exceção de uma breve estada no Egito
quando era ainda bebê, Ele nunca viajou mais do que 150 quilômetros para fora
da cidade em que foi criado.
Não foi
porque viveu e ministrou em um país influente, pois Ele passou toda sua vida na
obscura e pequenina terra de Israel, tendo sido criado em uma cidade que gerava
a seguinte pergunta: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (Jo 1.46).
Não foi
porque teve amigos influentes, pois somente pescadores, cobradores de impostos
e outros homens sem representatividade alguma o seguiram.
Não foi
porque todas as pessoas gostavam dele, pois os líderes religiosos e políticos
elitistas várias vezes tentaram apedrejá-lo e finalmente o crucificaram.
Não foi
porque teve uma vida longa e bem-sucedida, pois Ele estava com apenas trinta e
três anos quando sacrificou sua vida por outros.
Não foi
porque teve um longo e extenso ministério, pois seu ministério durou apenas
três anos e meio. Pelos padrões humanos, Ele teve uma morte ignominiosa em uma
cruz tosca.
Não foi
porque estabeleceu muitas organizações para perpetuar sua memória, pois Ele
fundou somente uma — sua Igreja — e ela somente teve início depois de sua
morte.
Assim
sendo, a que atribuir a posição única de Jesus Cristo? Tenho lido as
insinuações daqueles que rejeitam a afirmação de Jesus ser Deus em forma humana
e observado suas inconsistências. As opiniões de tais pessoas são mais difíceis
de aceitar do que os simples relatos do evangelho. Como pôde esse homem
influenciar mais vidas e afetar a história humana mais profundamente do que
todos os outros? Em toda a história, ninguém pode comparar-se a Ele. E, no
entanto, Ele fez tudo isso em apenas três anos e meio! Todos os incrédulos
sinceros devem responder à pergunta: “como Ele conseguiu isso?”
À medida
que Jesus Cristo caminha ao longo das páginas da história humana, Ele é elevado
a uma categoria sem similar por sua peculiaridade. Por um lado, os descrentes
não podem deixar de reconhecê-lo, tamanhas foram suas contribuições em favor da
humanidade; nem podem eles explicar sua existência sem admitir sua divindade.
Albert Schweitzer, vítima de uma onda de ceticismo no começo deste século, teve
de admitir que o Jesus histórico é um enigma e um estranho para o nosso tempo.
Como o Dr. Carl E H. Henry, um dos últimos estudiosos verdadeiramente
conservadores da Bíblia na geração passada, escreveu: “Muitos estudiosos que
rejeitam que Jesus é Deus verdadeiro e homem verdadeiro, vendo-o apenas sob uma
única faceta, distinguem-no, apesar disso, da totalidade da raça humana. Os
tributos prestados a Jesus, mesmo por estudiosos que repudiam os credos
cristológicos históricos, não somente reverenciam o Nazareno acima de seus
contemporâneos, mas elevam-no bem acima de todos os seres antigos e modernos.
Essas avaliações de Jesus Cristo acabam por exaurir habituais categorias
antropológicas ao tentar explicá-lo.” Ele então conclui: “Aqueles que não começam
com a suposição cristã fundamental de que ‘o Verbo se fez carne’ (Jo 1.14), mas
procuram mostrar como um homem completo, como supõem que Cristo foi, estava
unido (de alguma forma) a Deus, não podem senão terminar em pontos de vista
confusos e contraditórios”.
Na
realidade, todas as descrições de Jesus que conflitam com aquelas apresentadas
nos quatro evangelhos são “não-históricas”. Jesus é quem Ele disse que era:
Deus em forma humana.
Não há
qualquer explanação meramente humana sobre o porquê de um simples, embora
brilhante, homem — que deveria ter sido esquecido há muito tempo por todo este
mundo — ser ainda a pessoa mais amada que já viveu, quase dois mil anos após
sua morte. As explicações humanas não conseguem explicar a influência que Ele ainda
exerce sobre este planeta. Apenas um fato explica a singularidade de Jesus
Cristo: Ele foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio sob forma humana,
exatamente como Ele se declarava.
Veja você
que atribuir somente humanidade a Jesus não é suficiente. Para cumprir o que
Ele fez, tanto em sua vida como em seus ensinamentos, precisava ser tanto Deus
como homem, operando juntos em uma pessoa única. Essa pessoa é Jesus de Nazaré.
Bibliografia
Tim LaHaye Quem É
Jesus?
A Pessoa
Mais Extraordinária Que Já Viveu
Ele era
conhecido em sua época como Jesus de Nazaré. Trabalhou como carpinteiro a maior
parte de sua vida adulta. Entretanto, Ele foi tão extraordinário pela forma
como viveu e pela influência que exerceu sobre a humanidade que a palavra
“extraordinário” não consegue caracterizá-lo.
Ninguém
mais — nem reis, ditadores, cientistas, educadores ou líderes militares — deu
uma contribuição maior que a de Jesus à história do mundo. Pelo menos doze
bilhões de pessoas passaram por este planeta, mas até hoje, quase dois mil anos
depois de sua morte, ninguém chegou sequer perto de ocupar a posição singular
que Ele ocupou na história.
Nunca faltaram
a este mundo grandes homens e mulheres. A história está repleta de nomes como
Salomão, Davi, Hamurabi, Ciro, Alexandre o Grande, César, Gêngis Khan, Joana
d’Arc, Napoleão Bonaparte, George Washington, Isaac Newton, Florence
Nightingale... a lista continua infinitamente.
Mas
ninguém se aproxima de Jesus Cristo em sua influência sobre a humanidade.
O próprio
H. G. Wells, romancista e historiador inglês, autor de cinco volumes sobre a
história do mundo, presentes nas prateleiras de quase todas as bibliotecas de
faculdades e universidades, acabou dando mais espaço a Jesus Cristo do que a
qualquer outro. E Wells não foi nenhum amigo da fé! Na realidade, seus
biógrafos retratam-no como um cético ou, possivelmente, um ateu. No entanto,
como um verdadeiro historiador, ele não pôde desconsiderar a maior de todas as
personalidades que já viveram.
Acima de
qualquer dúvida, Jesus Cristo é a pessoa mais estudada, discutida e analisada
que já viveu. Mesmo depois de vinte séculos, Ele tem mais defensores e
oponentes do que qualquer outra figura isoladamente. Enquanto existem
literalmente milhares de acadêmicos renomados que de boa vontade o confessam
como Senhor, há também outros milhares que, se pudessem, destruiriam sua
credibilidade. Desde o início Ele teve tanto seguidores como caluniadores, e
temos sido advertidos de que esta situação perdurará até o final dos tempos.
Existe um
falado Seminário Jesus, um grupo de setenta e dois estudiosos liberais que se
encontram duas vezes por ano em um esforço de redesenhar a vida e o caráter de
Jesus. Remodelando-o como um simples “sábio ou cínico”, eles tentam despojá-lo
de sua singularidade. Entretanto, a despeito de seu fácil acesso à mídia popular,
incluindo Newsweek, Time e U.S. News and World Report, não tiveram êxito na
conquista de muitos adeptos. Na verdade, seu maior sucesso foi fazer com que
muitos estudiosos, escritores e teólogos — homens brilhantes que examinaram a
evidência da singularidade de Jesus — publicassem suas razões sólidas e dignas
de crédito para crerem que Jesus Cristo foi de fato aquele que os evangelhos
retratam, a mais extraordinária e influente pessoa que já passou pela Terra.
Os
eruditos do Seminário Jesus, assim como outros como eles, têm dificuldades para
explicar como um simples sábio ou cínico poderia ter influenciado o mundo de
forma tão fantástica como Jesus. A grande pergunta resume-se nisto: Quem foi
Jesus de Nazaré? Se Ele foi apenas um notável carpinteiro nascido em um país
obscuro, mesmo as mentes céticas mais aguçadas têm dificuldade de explicar por
que, de todas as pessoas brilhantes que já existiram, Jesus permanece em uma
categoria própria.
Isaac
Newton é considerado por muitos especialistas o mais brilhante cientista que já
existiu. Entretanto, esse homem jamais tentou comparar-se a Jesus Cristo; pelo
contrário, sabemos que ele foi um crente ardoroso e seguidor fiel do Nazareno.
Blaise Pascal é considerado um dos maiores filósofos do mundo e, no entanto,
como Newton, nunca tentou usurpar o lugar de Jesus Cristo. Pascal creu durante
toda sua vida no Salvador, até sua morte dolorosa. O mesmo pode ser dito de
Willian Gladstone, Louis Pasteur e de milhares de eruditos, cientistas juristas
e escritores brilhantes, bem como de milhões de pessoas comuns. Todos eles
estudaram sua vida e seus ensinos, examinaram ambos os lados das evidências e
vieram a crer mais do que nunca que Jesus é o Filho de Deus — incomparável
entre todos os que existiram.
Inigualável
por Seu Impacto
Para
colocarmos a influência de Jesus em perspectiva, consideremos vários aspectos
proeminentes de sua singularidade. Jesus de Nazaré é incomparável como
influência moral. Sua vida e seus ensinos continuam insuperáveis em sua
capacidade de guiar culturas, tribos e pessoas, tirando-as de sua confusão
moral.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência artística. Ele tem servido de inspiração
na arte e na música do mundo mais do que qualquer outra pessoa. Alguns dos
maiores oratórios e hinos da história foram escritos a respeito dele ou para
Ele. Jesus é o tema central de mais livros e música do que qualquer outro
indivíduo. A Biblioteca do Congresso norte-americano, considerada a mais
completa biblioteca do mundo, registra mais obras sobre Jesus do que sobre
qualquer outra pessoa.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência humanitária. Mais hospitais, orfanatos,
casas de repouso e missões de salvamento têm sido dedicados a Ele do que a
todos os líderes religiosos reunidos. Mais esforços para ajudar pessoas têm
sido realizados, financiados e perpetuados por seus seguidores do que todos os
outros juntos.
Jesus de
Nazaré é incomparável em sua capacidade de inspirar devoção. Nenhum outro
indivíduo nos últimos dois mil anos atraiu maior dedicação entre seus
seguidores. Embora Jesus nunca tenha levantado um exército durante seus três
anos e meio de ministério, milhões e milhões de seus seguidores espalharam-se
pelas partes mais remotas do planeta para levar sua mensagem — não por
dinheiro, terras ou recompensas materiais, mas por pura devoção a Ele.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência escolástica(1.Hist. Filos. Doutrinas
teológico-filosóficas dominantes na Idade Média, dos sécs. IX ao XVII, caracterizadas
sobretudo pelo problema da relação entre a fé e a razão, problema que se
resolve pela dependência do pensamento filosófico, representado pela filosofia
greco-romana, da teologia cristã. Desenvolveram-se na escolástica inúmeros
sistemas que se definem, do ponto de vista estritamente filosófico, pela
posição adotada quanto ao problema dos universais (q. v.), e dos quais se
destacam os sistemas de Santo Anselmo (v. anselmiano), de São Tomás (v.
tomismo) e de Guilherme de Ockham (v. ockhamismo). [Sin. ger.:
escolasticismo.]). Embora nunca tenha fundado uma faculdade, seus ensinamentos
e seus seguidores contribuíram mais para as instituições de alfabetização e
matérias educativas — de todos os níveis, desde o jardim da infância até as
universidades — do que todos os outros reunidos. Somente nos Estados Unidos,
uma nação de instituições educativas, 128 faculdades foram estabelecidas nos
primeiros cem anos da história do país — fundadas por uma igreja, denominação,
ou grupo religioso. Harvard, Princeton e Yale, que foram os centros da educação
norte-americana durante duzentos anos, foram criadas para preparar ministros,
missionários e líderes cristãos. Além disso, numerosas faculdades cristãs foram
fundadas em honra do Mestre.
Antes que
o evangelho chegasse à América, foram os seguidores de Jesus Cristo que
proveram educação às crianças de famílias comuns. Antes de Martinho Lutero na
Alemanha e João Calvino na França e na Suíça, somente os ricos, os membros da
realeza ou gênios do mundo eram considerados aptos para a educação. Porém esses
grandes reformadores viram a educação como meio de ensinar a Bíblia a todas as
gerações, as quais, pela primeira vez, puderam ler as Escrituras em suas
línguas maternas. Os colonizadores implantaram esse modelo no Novo Mundo. Não
foi por mero acaso que esse direcionamento para a educação das crianças entre
os séculos dezesseis e dezoito lançou as bases para o crescimento explosivo da
Revolução Industrial do século dezenove.
Em
flagrante contraste, as culturas seculares do mundo pouco fizeram para
alfabetizar milhares de tribos indígenas que (em um determinado estágio) não
possuíam uma linguagem escrita. Enquanto isso, os seguidores de Jesus traduziam
a Bíblia em incontáveis línguas e ensinavam milhões a ler. A intenção desses
desbravadores era prover a alfabetização e levar a Bíblia a todas as tribos do
mundo na virada do próximo milênio. A razão para isso? Dedicação a Jesus
Cristo.
Jesus de
Nazaré é incomparável em seu impacto sobre as mulheres. Ninguém fez tanto para
elevar a dignidade da mulher em geral e da maternidade do que Jesus Cristo. Ele
veio a este mundo quando as mulheres eram consideradas apenas um pouco acima
dos animais. Muitas eram negociadas como gado e poucas desfrutavam direitos
pessoais perante a lei e o casamento. Nos lugares atingidos pela mensagem de
Cristo, as mulheres se viram enobrecidas e respeitadas como seres humanos
feitos à imagem de Deus. Os seguidores de Cristo legaram às mulheres o direito
ao voto através de movimentos em toda a Europa, Inglaterra e Estados Unidos. E
seus discípulos constituem hoje a legião daqueles que se posicionam em defesa
dos bebês não-nascidos. As mulheres não cristãs do Ocidente podem não
compreender a dívida que têm para com Jesus Cristo e seus ensinos, mas é ao
Nazareno e aos seus discípulos que elas devem agradecer pela posição elevada
que usufruem hoje.
Jesus de
Nazaré é incomparável em sua influência sobre a liberdade e a justiça. Ninguém
promoveu tão profundamente a liberdade e a justiça pessoal do que os seguidores
de Jesus, armados com o padrão de sua lei. A lei inglesa e norte-americana,
considerada como modelo para todo o mundo, deve sua existência basicamente aos
ingleses John Locke, William Gladstone, William Wilberforce, William Blackstone
e aos americanos James Witherspoon, John Adams, James Madison e John Marshall.
Todos foram seguidores devotados de Cristo, que conheciam e aplicavam seus
princípios e ensinos para a preservação dos direitos e liberdade individuais
sob a lei. Todos esses homens influentes admitiram livremente que deviam sua
grandeza a Ele.
O clímax
dessa dedicação à liberdade individual veio com a Declaração da Independência
dos Estados Unidos da América, cujas palavras — “Todos os homens foram criados
iguais” — tornaram-se a pedra angular da nação mais livre da história
universal. A América do Norte foi fundada para preservar a liberdade religiosa:
“Vida, liberdade e busca da felicidade” para todos.
Como se
pode ver, a evidência é impressionante. Não importa que esfera salutar da
atividade humana se considere, a influência de Jesus Cristo sobre a civilização
ocidental avulta e prepondera sobre todas as demais. A história mostra que
vidas têm sido transformadas nos lugares onde a mensagem de Jesus foi colocada
em prática, resultando em ganhos expressivos para a educação, a lei, a
sociedade e a cultura.
Inigualável
em Sua Vida Pessoal
Não é por
acaso que o homem que mais influenciou positivamente a civilização foi o que
viveu a vida mais extraordinária da história.
Considere
seu nascimento. Em cada Natal bilhões de cristãos e não-cristãos celebram seu
nascimento e relembram a característica incomum de sua vinda ao mundo: sua mãe
era uma virgem.
A vida
santificada de Jesus também o torna diferente de qualquer outro ser humano,
pois, como vamos provar mais adiante, mesmo seus inimigos não puderam encontrar
qualquer falta nele. Em toda a história humana, somente um homem que se
declarou perfeito foi levado a sério tanto por seus amigos como por seus inimigos.
Jesus nunca teve de se desculpar ou pedir perdão. Ele é inigualável pelo fato
de nunca ter pecado.
Os
magníficos ensinos desse humilde carpinteiro da Galiléia também o elevaram a
uma categoria ímpar. A maioria dos historiadores e filósofos ocidentais, assim
como muitos de outras tradições, reconhecem-no como o maior de todos os
mestres. Considere sua regra de “Amai os vossos inimigos” (Mt 5.44) ou “orai
pelos que vos caluniam” (Lc 5.28) ou “dai, e dar-se-vos-á” (Lc 6.38). Quase
todos os historiadores concordam que este mundo seria um lugar muito melhor, se
todos seguissem os ensinos do Nazareno.
Os
milagres de Jesus o colocam igualmente em posição incomparável. Como veremos
adiante, eles realmente aconteceram e são ainda incontestáveis. Sua capacidade
de curar enfermidades e sanar deformidades tidas como irreversíveis demonstra
que Ele tinha o poder de Deus no seu interior como ninguém mais.
Finalmente,
para coroar sua trajetória gloriosa neste mundo, Ele deu sua própria vida
sacrificialmente pelos pecados do mundo e em seguida realizou o maior de todos
os seus milagres: ressuscitou dentre os mortos. Esse acontecimento, comemorado
a cada ano como uma das duas datas mais sagradas do calendário cristão,
confere-lhe a supremacia como a pessoa mais extraordinária que já viveu.
Os
Títulos Inigualáveis Atribuídos a Jesus
Nenhuma
pessoa além de Jesus tem sido identificada por meio dos títulos a seguir,
porque nenhum outro foi qualificado para usá-los. Alguns desses títulos lhe
foram dados por anjos, outros por seus discípulos ou seguidores ou mesmo pelos
profetas hebreus. Nenhum desses títulos o caracteriza plenamente. Para
compreender quem Ele realmente foi e como será em sua segunda vinda, todos
devem ser considerados em conjunto. Uma coisa é certa: nenhum outro ser faz jus
ao mérito de ostentar sequer um desses títulos.
Todo-poderoso
Deus
forte
A palavra
era Deus
Senhor
meu e Deus meu
O grande
Deus
Nosso
salvador Jesus Cristo
Maravilhoso
Conselheiro
Pai da
eternidade
Príncipe
da paz
Alfa e
Ômega
Primeiro
e Último
Deus
bendito para sempre
O Cristo
Filho de
Deus
Jeová
O
princípio e o fim
O Senhor
Salvador
O Santo
Senhor de
todos
Emanuel
O
caminho, a verdade e a vida
Rei dos
reis
Senhor
dos senhores
Na história
do mundo, ninguém jamais saiu de uma oficina de carpinteiro para ostentar
títulos tão sublimes. Sua vida somente pode ser explicada pelo fato de ter sido
Ele, realmente, “o Filho de Deus” em um sentido único.
No fim de
semana em que escrevia estas palavras, Deus mostrou-me um exemplo perfeito
disto. Fiz o discurso de colação de grau da vigésima quinta turma da Christian
Heritage College, em San Diego, Califórnia (faculdade fundada pelos doutores
Henry Morris, Arthur Peters e por mim). Um dos alunos deu um incrível
testemunho.
O homem —
1 metro e 95 centímetros de altura, 110 quilos de peso — contou uma longa
história passada dentro e fora da prisão. Na última vez em que fora jogado em
uma cela, a primeira coisa que fez foi expulsar um dos presos do beliche mais
cobiçado do local, dizendo: “A partir de agora esta cama é minha — vai dizer
alguma coisa?” Com isso, ele se enfiou no beliche para ter um bom sono. Mas, em
vez disso, notou uma protuberância em seu colchão, uma Bíblia, a primeira que
tinha visto. Começou a ler e não parou mais até terminar o evangelho de João —
momento em que suplicou a Cristo que perdoasse seus pecados, aceitando-o como
Senhor e Salvador. Sete anos mais tarde ele era não somente um homem
transformado, sem mais qualquer pendência com a lei, mas estava se formando em
uma faculdade cristã a fim de ingressar em um seminário para se preparar para o
ministério. A influência do Nazareno se fez sentir novamente, mudando a
natureza decaída e a direção da vida desse homem.
Posso
dizer sem reserva que ninguém jamais exerceu uma influência tão positiva sobre
as pessoas do que Jesus de Nazaré!
A Razão
de Sua Singularidade
O simples
fato de Jesus de Nazaré ter influenciado este mundo mais do que qualquer outra
pessoa deve ser suficiente para estabelecer seu lugar ímpar na história humana.
Mas, quando decompomos as muitas outras facetas singulares de sua vida, ficamos
estarrecidos diante de um dilema incrivelmente difícil. Como explicar a contribuição
de toda sua vida, resumida a apenas três anos e meio? Quando um homem é
colocado no pedestal supremo, muito acima de todos os outros na história
humana, certamente deve ser por alguma razão. Qual seria?
Não foi
por sua descendência familiar próxima, porque sua mãe foi uma simples mulher
judia e seu pai, um humilde aldeão carpinteiro.
Não foi
por suas posses materiais, porque Ele não tinha dinheiro algum, nem mesmo um
lugar “onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). Ele foi acusado diante de um tribunal
vestindo uma túnica emprestada e seu corpo foi colocado em um túmulo também
emprestado.
Não foi
sua educação, pois não há nenhum registro de que Ele tenha freqüentado uma
escola. No entanto, com a idade de apenas doze anos, Ele confundiu os doutores de
teologia no templo de Jerusalém.
Não foi
por suas viagens pelo mundo, pois, com exceção de uma breve estada no Egito
quando era ainda bebê, Ele nunca viajou mais do que 150 quilômetros para fora
da cidade em que foi criado.
Não foi
porque viveu e ministrou em um país influente, pois Ele passou toda sua vida na
obscura e pequenina terra de Israel, tendo sido criado em uma cidade que gerava
a seguinte pergunta: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (Jo 1.46).
Não foi
porque teve amigos influentes, pois somente pescadores, cobradores de impostos
e outros homens sem representatividade alguma o seguiram.
Não foi
porque todas as pessoas gostavam dele, pois os líderes religiosos e políticos
elitistas várias vezes tentaram apedrejá-lo e finalmente o crucificaram.
Não foi
porque teve uma vida longa e bem-sucedida, pois Ele estava com apenas trinta e
três anos quando sacrificou sua vida por outros.
Não foi
porque teve um longo e extenso ministério, pois seu ministério durou apenas
três anos e meio. Pelos padrões humanos, Ele teve uma morte ignominiosa em uma
cruz tosca.
Não foi
porque estabeleceu muitas organizações para perpetuar sua memória, pois Ele
fundou somente uma — sua Igreja — e ela somente teve início depois de sua
morte.
Assim
sendo, a que atribuir a posição única de Jesus Cristo? Tenho lido as
insinuações daqueles que rejeitam a afirmação de Jesus ser Deus em forma humana
e observado suas inconsistências. As opiniões de tais pessoas são mais difíceis
de aceitar do que os simples relatos do evangelho. Como pôde esse homem
influenciar mais vidas e afetar a história humana mais profundamente do que
todos os outros? Em toda a história, ninguém pode comparar-se a Ele. E, no
entanto, Ele fez tudo isso em apenas três anos e meio! Todos os incrédulos
sinceros devem responder à pergunta: “como Ele conseguiu isso?”
À medida
que Jesus Cristo caminha ao longo das páginas da história humana, Ele é elevado
a uma categoria sem similar por sua peculiaridade. Por um lado, os descrentes
não podem deixar de reconhecê-lo, tamanhas foram suas contribuições em favor da
humanidade; nem podem eles explicar sua existência sem admitir sua divindade.
Albert Schweitzer, vítima de uma onda de ceticismo no começo deste século, teve
de admitir que o Jesus histórico é um enigma e um estranho para o nosso tempo.
Como o Dr. Carl E H. Henry, um dos últimos estudiosos verdadeiramente
conservadores da Bíblia na geração passada, escreveu: “Muitos estudiosos que
rejeitam que Jesus é Deus verdadeiro e homem verdadeiro, vendo-o apenas sob uma
única faceta, distinguem-no, apesar disso, da totalidade da raça humana. Os
tributos prestados a Jesus, mesmo por estudiosos que repudiam os credos
cristológicos históricos, não somente reverenciam o Nazareno acima de seus
contemporâneos, mas elevam-no bem acima de todos os seres antigos e modernos.
Essas avaliações de Jesus Cristo acabam por exaurir habituais categorias
antropológicas ao tentar explicá-lo.” Ele então conclui: “Aqueles que não começam
com a suposição cristã fundamental de que ‘o Verbo se fez carne’ (Jo 1.14), mas
procuram mostrar como um homem completo, como supõem que Cristo foi, estava
unido (de alguma forma) a Deus, não podem senão terminar em pontos de vista
confusos e contraditórios”.
Na
realidade, todas as descrições de Jesus que conflitam com aquelas apresentadas
nos quatro evangelhos são “não-históricas”. Jesus é quem Ele disse que era:
Deus em forma humana.
Não há
qualquer explanação meramente humana sobre o porquê de um simples, embora
brilhante, homem — que deveria ter sido esquecido há muito tempo por todo este
mundo — ser ainda a pessoa mais amada que já viveu, quase dois mil anos após
sua morte. As explicações humanas não conseguem explicar a influência que Ele ainda
exerce sobre este planeta. Apenas um fato explica a singularidade de Jesus
Cristo: Ele foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio sob forma humana,
exatamente como Ele se declarava.
Veja você
que atribuir somente humanidade a Jesus não é suficiente. Para cumprir o que
Ele fez, tanto em sua vida como em seus ensinamentos, precisava ser tanto Deus
como homem, operando juntos em uma pessoa única. Essa pessoa é Jesus de Nazaré.
Bibliografia
Tim LaHaye Quem É
Jesus?
A Pessoa
Mais Extraordinária Que Já Viveu
Ele era
conhecido em sua época como Jesus de Nazaré. Trabalhou como carpinteiro a maior
parte de sua vida adulta. Entretanto, Ele foi tão extraordinário pela forma
como viveu e pela influência que exerceu sobre a humanidade que a palavra
“extraordinário” não consegue caracterizá-lo.
Ninguém
mais — nem reis, ditadores, cientistas, educadores ou líderes militares — deu
uma contribuição maior que a de Jesus à história do mundo. Pelo menos doze
bilhões de pessoas passaram por este planeta, mas até hoje, quase dois mil anos
depois de sua morte, ninguém chegou sequer perto de ocupar a posição singular
que Ele ocupou na história.
Nunca faltaram
a este mundo grandes homens e mulheres. A história está repleta de nomes como
Salomão, Davi, Hamurabi, Ciro, Alexandre o Grande, César, Gêngis Khan, Joana
d’Arc, Napoleão Bonaparte, George Washington, Isaac Newton, Florence
Nightingale... a lista continua infinitamente.
Mas
ninguém se aproxima de Jesus Cristo em sua influência sobre a humanidade.
O próprio
H. G. Wells, romancista e historiador inglês, autor de cinco volumes sobre a
história do mundo, presentes nas prateleiras de quase todas as bibliotecas de
faculdades e universidades, acabou dando mais espaço a Jesus Cristo do que a
qualquer outro. E Wells não foi nenhum amigo da fé! Na realidade, seus
biógrafos retratam-no como um cético ou, possivelmente, um ateu. No entanto,
como um verdadeiro historiador, ele não pôde desconsiderar a maior de todas as
personalidades que já viveram.
Inigualável
em Sua Vida e Ensinamentos
Acima de
qualquer dúvida, Jesus Cristo é a pessoa mais estudada, discutida e analisada
que já viveu. Mesmo depois de vinte séculos, Ele tem mais defensores e
oponentes do que qualquer outra figura isoladamente. Enquanto existem
literalmente milhares de acadêmicos renomados que de boa vontade o confessam
como Senhor, há também outros milhares que, se pudessem, destruiriam sua
credibilidade. Desde o início Ele teve tanto seguidores como caluniadores, e
temos sido advertidos de que esta situação perdurará até o final dos tempos.
Existe um
falado Seminário Jesus, um grupo de setenta e dois estudiosos liberais que se
encontram duas vezes por ano em um esforço de redesenhar a vida e o caráter de
Jesus. Remodelando-o como um simples “sábio ou cínico”, eles tentam despojá-lo
de sua singularidade. Entretanto, a despeito de seu fácil acesso à mídia popular,
incluindo Newsweek, Time e U.S. News and World Report, não tiveram êxito na
conquista de muitos adeptos. Na verdade, seu maior sucesso foi fazer com que
muitos estudiosos, escritores e teólogos — homens brilhantes que examinaram a
evidência da singularidade de Jesus — publicassem suas razões sólidas e dignas
de crédito para crerem que Jesus Cristo foi de fato aquele que os evangelhos
retratam, a mais extraordinária e influente pessoa que já passou pela Terra.
Os
eruditos do Seminário Jesus, assim como outros como eles, têm dificuldades para
explicar como um simples sábio ou cínico poderia ter influenciado o mundo de
forma tão fantástica como Jesus. A grande pergunta resume-se nisto: Quem foi
Jesus de Nazaré? Se Ele foi apenas um notável carpinteiro nascido em um país
obscuro, mesmo as mentes céticas mais aguçadas têm dificuldade de explicar por
que, de todas as pessoas brilhantes que já existiram, Jesus permanece em uma
categoria própria.
Isaac
Newton é considerado por muitos especialistas o mais brilhante cientista que já
existiu. Entretanto, esse homem jamais tentou comparar-se a Jesus Cristo; pelo
contrário, sabemos que ele foi um crente ardoroso e seguidor fiel do Nazareno.
Blaise Pascal é considerado um dos maiores filósofos do mundo e, no entanto,
como Newton, nunca tentou usurpar o lugar de Jesus Cristo. Pascal creu durante
toda sua vida no Salvador, até sua morte dolorosa. O mesmo pode ser dito de
Willian Gladstone, Louis Pasteur e de milhares de eruditos, cientistas juristas
e escritores brilhantes, bem como de milhões de pessoas comuns. Todos eles
estudaram sua vida e seus ensinos, examinaram ambos os lados das evidências e
vieram a crer mais do que nunca que Jesus é o Filho de Deus — incomparável
entre todos os que existiram.
Inigualável
por Seu Impacto
Para
colocarmos a influência de Jesus em perspectiva, consideremos vários aspectos
proeminentes de sua singularidade. Jesus de Nazaré é incomparável como
influência moral. Sua vida e seus ensinos continuam insuperáveis em sua
capacidade de guiar culturas, tribos e pessoas, tirando-as de sua confusão
moral.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência artística. Ele tem servido de inspiração
na arte e na música do mundo mais do que qualquer outra pessoa. Alguns dos
maiores oratórios e hinos da história foram escritos a respeito dele ou para
Ele. Jesus é o tema central de mais livros e música do que qualquer outro
indivíduo. A Biblioteca do Congresso norte-americano, considerada a mais
completa biblioteca do mundo, registra mais obras sobre Jesus do que sobre
qualquer outra pessoa.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência humanitária. Mais hospitais, orfanatos,
casas de repouso e missões de salvamento têm sido dedicados a Ele do que a
todos os líderes religiosos reunidos. Mais esforços para ajudar pessoas têm
sido realizados, financiados e perpetuados por seus seguidores do que todos os
outros juntos.
Jesus de
Nazaré é incomparável em sua capacidade de inspirar devoção. Nenhum outro
indivíduo nos últimos dois mil anos atraiu maior dedicação entre seus
seguidores. Embora Jesus nunca tenha levantado um exército durante seus três
anos e meio de ministério, milhões e milhões de seus seguidores espalharam-se
pelas partes mais remotas do planeta para levar sua mensagem — não por
dinheiro, terras ou recompensas materiais, mas por pura devoção a Ele.
Jesus de
Nazaré é incomparável como influência escolástica(1.Hist. Filos. Doutrinas
teológico-filosóficas dominantes na Idade Média, dos sécs. IX ao XVII, caracterizadas
sobretudo pelo problema da relação entre a fé e a razão, problema que se
resolve pela dependência do pensamento filosófico, representado pela filosofia
greco-romana, da teologia cristã. Desenvolveram-se na escolástica inúmeros
sistemas que se definem, do ponto de vista estritamente filosófico, pela
posição adotada quanto ao problema dos universais (q. v.), e dos quais se
destacam os sistemas de Santo Anselmo (v. anselmiano), de São Tomás (v.
tomismo) e de Guilherme de Ockham (v. ockhamismo). [Sin. ger.:
escolasticismo.]). Embora nunca tenha fundado uma faculdade, seus ensinamentos
e seus seguidores contribuíram mais para as instituições de alfabetização e
matérias educativas — de todos os níveis, desde o jardim da infância até as
universidades — do que todos os outros reunidos. Somente nos Estados Unidos,
uma nação de instituições educativas, 128 faculdades foram estabelecidas nos
primeiros cem anos da história do país — fundadas por uma igreja, denominação,
ou grupo religioso. Harvard, Princeton e Yale, que foram os centros da educação
norte-americana durante duzentos anos, foram criadas para preparar ministros,
missionários e líderes cristãos. Além disso, numerosas faculdades cristãs foram
fundadas em honra do Mestre.
Antes que
o evangelho chegasse à América, foram os seguidores de Jesus Cristo que
proveram educação às crianças de famílias comuns. Antes de Martinho Lutero na
Alemanha e João Calvino na França e na Suíça, somente os ricos, os membros da
realeza ou gênios do mundo eram considerados aptos para a educação. Porém esses
grandes reformadores viram a educação como meio de ensinar a Bíblia a todas as
gerações, as quais, pela primeira vez, puderam ler as Escrituras em suas
línguas maternas. Os colonizadores implantaram esse modelo no Novo Mundo. Não
foi por mero acaso que esse direcionamento para a educação das crianças entre
os séculos dezesseis e dezoito lançou as bases para o crescimento explosivo da
Revolução Industrial o século dezenove.
Em
flagrante contraste, as culturas seculares do mundo pouco fizeram para
alfabetizar milhares de tribos indígenas que (em um determinado estágio) não
possuíam uma linguagem escrita. Enquanto isso, os seguidores de Jesus traduziam
a Bíblia em incontáveis línguas e ensinavam milhões a ler. A intenção desses
desbravadores era prover a alfabetização e levar a Bíblia a todas as tribos do
mundo na virada do próximo milênio. A razão para isso? Dedicação a Jesus
Cristo.
Jesus de
Nazaré é incomparável em seu impacto sobre as mulheres. Ninguém fez tanto para
elevar a dignidade da mulher em geral e da maternidade do que Jesus Cristo. Ele
veio a este mundo quando as mulheres eram consideradas apenas um pouco acima
dos animais. Muitas eram negociadas como gado e poucas desfrutavam direitos
pessoais perante a lei e o casamento. Nos lugares atingidos pela mensagem de
Cristo, as mulheres se viram enobrecidas e respeitadas como seres humanos
feitos à imagem de Deus. Os seguidores de Cristo legaram às mulheres o direito
ao voto através de movimentos em toda a Europa, Inglaterra e Estados Unidos. E
seus discípulos constituem hoje a legião daqueles que se posicionam em defesa
dos bebês não-nascidos. As mulheres não cristãs do Ocidente podem não
compreender a dívida que têm para com Jesus Cristo e seus ensinos, mas é ao
Nazareno e aos seus discípulos que elas devem agradecer pela posição elevada
que usufruem hoje.
Jesus de
Nazaré é incomparável em sua influência sobre a liberdade e a justiça. Ninguém
promoveu tão profundamente a liberdade e a justiça pessoal do que os seguidores
de Jesus, armados com o padrão de sua lei. A lei inglesa e norte-americana,
considerada como modelo para todo o mundo, deve sua existência basicamente aos
ingleses John Locke, William Gladstone, William Wilberforce, William Blackstone
e aos americanos James Witherspoon, John Adams, James Madison e John Marshall.
Todos foram seguidores devotados de Cristo, que conheciam e aplicavam seus
princípios e ensinos para a preservação dos direitos e liberdade individuais
sob a lei. Todos esses homens influentes admitiram livremente que deviam sua
grandeza a Ele.
O clímax
dessa dedicação à liberdade individual veio com a Declaração da Independência
dos Estados Unidos da América, cujas palavras — “Todos os homens foram criados
iguais” — tornaram-se a pedra angular da nação mais livre da história
universal. A América do Norte foi fundada para preservar a liberdade religiosa:
“Vida, liberdade e busca da felicidade” para todos.
Como se
pode ver, a evidência é impressionante. Não importa que esfera salutar da
atividade humana se considere, a influência de Jesus Cristo sobre a civilização
ocidental avulta e prepondera sobre todas as demais. A história mostra que
vidas têm sido transformadas nos lugares onde a mensagem de Jesus foi colocada
em prática, resultando em ganhos expressivos para a educação, a lei, a
sociedade e a cultura.
Inigualável
em Sua Vida Pessoal
Não é por
acaso que o homem que mais influenciou positivamente a civilização foi o que
viveu a vida mais extraordinária da história.
Considere
seu nascimento. Em cada Natal bilhões de cristãos e não-cristãos celebram seu
nascimento e relembram a característica incomum de sua vinda ao mundo: sua mãe
era uma virgem.
A vida
santificada de Jesus também o torna diferente de qualquer outro ser humano,
pois, como vamos provar mais adiante, mesmo seus inimigos não puderam encontrar
qualquer falta nele. Em toda a história humana, somente um homem que se
declarou perfeito foi levado a sério tanto por seus amigos como por seus inimigos.
Jesus nunca teve de se desculpar ou pedir perdão. Ele é inigualável pelo fato
de nunca ter pecado.
Os
magníficos ensinos desse humilde carpinteiro da Galiléia também o elevaram a
uma categoria ímpar. A maioria dos historiadores e filósofos ocidentais, assim
como muitos de outras tradições, reconhecem-no como o maior de todos os
mestres. Considere sua regra de “Amai os vossos inimigos” (Mt 5.44) ou “orai
pelos que vos caluniam” (Lc 5.28) ou “dai, e dar-se-vos-á” (Lc 6.38). Quase
todos os historiadores concordam que este mundo seria um lugar muito melhor, se
todos seguissem os ensinos do Nazareno.
Os
milagres de Jesus o colocam igualmente em posição incomparável. Como veremos
adiante, eles realmente aconteceram e são ainda incontestáveis. Sua capacidade
de curar enfermidades e sanar deformidades tidas como irreversíveis demonstra
que Ele tinha o poder de Deus no seu interior como ninguém mais.
Finalmente,
para coroar sua trajetória gloriosa neste mundo, Ele deu sua própria vida
sacrificialmente pelos pecados do mundo e em seguida realizou o maior de todos
os seus milagres: ressuscitou dentre os mortos. Esse acontecimento, comemorado
a cada ano como uma das duas datas mais sagradas do calendário cristão,
confere-lhe a supremacia como a pessoa mais extraordinária que já viveu.
Os
Títulos Inigualáveis Atribuídos a Jesus
Nenhuma
pessoa além de Jesus tem sido identificada por meio dos títulos a seguir,
porque nenhum outro foi qualificado para usá-los. Alguns desses títulos lhe
foram dados por anjos, outros por seus discípulos ou seguidores ou mesmo pelos
profetas hebreus. Nenhum desses títulos o caracteriza plenamente. Para
compreender quem Ele realmente foi e como será em sua segunda vinda, todos
devem ser considerados em conjunto. Uma coisa é certa: nenhum outro ser faz jus
ao mérito de ostentar sequer um desses títulos.
Todo-poderoso
Deus
forte
A palavra
era Deus
Senhor
meu e Deus meu
O grande
Deus
Nosso
salvador Jesus Cristo
Maravilhoso
Conselheiro
Pai da
eternidade
Príncipe
da paz
Alfa e
Ômega
Primeiro
e Último
Deus
bendito para sempre
O Cristo
Filho de
Deus
Jeová
O
princípio e o fim
O Senhor
Salvador
O Santo
Senhor de
todos
Emanuel
O
caminho, a verdade e a vida
Rei dos
reis
Senhor
dos senhores
Na história
do mundo, ninguém jamais saiu de uma oficina de carpinteiro para ostentar
títulos tão sublimes. Sua vida somente pode ser explicada pelo fato de ter sido
Ele, realmente, “o Filho de Deus” em um sentido único.
No fim de
semana em que escrevia estas palavras, Deus mostrou-me um exemplo perfeito
disto. Fiz o discurso de colação de grau da vigésima quinta turma da Christian
Heritage College, em San Diego, Califórnia (faculdade fundada pelos doutores
Henry Morris, Arthur Peters e por mim). Um dos alunos deu um incrível
testemunho.
O homem —
1 metro e 95 centímetros de altura, 110 quilos de peso — contou uma longa
história passada dentro e fora da prisão. Na última vez em que fora jogado em
uma cela, a primeira coisa que fez foi expulsar um dos presos do beliche mais
cobiçado do local, dizendo: “A partir de agora esta cama é minha — vai dizer
alguma coisa?” Com isso, ele se enfiou no beliche para ter um bom sono. Mas, em
vez disso, notou uma protuberância em seu colchão, uma Bíblia, a primeira que
tinha visto. Começou a ler e não parou mais até terminar o evangelho de João —
momento em que suplicou a Cristo que perdoasse seus pecados, aceitando-o como
Senhor e Salvador. Sete anos mais tarde ele era não somente um homem
transformado, sem mais qualquer pendência com a lei, mas estava se formando em
uma faculdade cristã a fim de ingressar em um seminário para se preparar para o
ministério. A influência do Nazareno se fez sentir novamente, mudando a
natureza decaída e a direção da vida desse homem.
Posso
dizer sem reserva que ninguém jamais exerceu uma influência tão positiva sobre
as pessoas do que Jesus de Nazaré!
A Razão
de Sua Singularidade
O simples
fato de Jesus de Nazaré ter influenciado este mundo mais do que qualquer outra
pessoa deve ser suficiente para estabelecer seu lugar ímpar na história humana.
Mas, quando decompomos as muitas outras facetas singulares de sua vida, ficamos
estarrecidos diante de um dilema incrivelmente difícil. Como explicar a contribuição
de toda sua vida, resumida a apenas três anos e meio? Quando um homem é
colocado no pedestal supremo, muito acima de todos os outros na história
humana, certamente deve ser por alguma razão. Qual seria?
Não foi
por sua descendência familiar próxima, porque sua mãe foi uma simples mulher
judia e seu pai, um humilde aldeão carpinteiro.
Não foi
por suas posses materiais, porque Ele não tinha dinheiro algum, nem mesmo um
lugar “onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). Ele foi acusado diante de um tribunal
vestindo uma túnica emprestada e seu corpo foi colocado em um túmulo também
emprestado.
Não foi
sua educação, pois não há nenhum registro de que Ele tenha freqüentado uma
escola. No entanto, com a idade de apenas doze anos, Ele confundiu os doutores de
teologia no templo de Jerusalém.
Não foi
por suas viagens pelo mundo, pois, com exceção de uma breve estada no Egito
quando era ainda bebê, Ele nunca viajou mais do que 150 quilômetros para fora
da cidade em que foi criado.
Não foi
porque viveu e ministrou em um país influente, pois Ele passou toda sua vida na
obscura e pequenina terra de Israel, tendo sido criado em uma cidade que gerava
a seguinte pergunta: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (Jo 1.46).
Não foi
porque teve amigos influentes, pois somente pescadores, cobradores de impostos
e outros homens sem representatividade alguma o seguiram.
Não foi
porque todas as pessoas gostavam dele, pois os líderes religiosos e políticos
elitistas várias vezes tentaram apedrejá-lo e finalmente o crucificaram.
Não foi
porque teve uma vida longa e bem-sucedida, pois Ele estava com apenas trinta e
três anos quando sacrificou sua vida por outros.
Não foi
porque teve um longo e extenso ministério, pois seu ministério durou apenas
três anos e meio. Pelos padrões humanos, Ele teve uma morte ignominiosa em uma
cruz tosca.
Não foi
porque estabeleceu muitas organizações para perpetuar sua memória, pois Ele
fundou somente uma — sua Igreja — e ela somente teve início depois de sua
morte.
Assim
sendo, a que atribuir a posição única de Jesus Cristo? Tenho lido as
insinuações daqueles que rejeitam a afirmação de Jesus ser Deus em forma humana
e observado suas inconsistências. As opiniões de tais pessoas são mais difíceis
de aceitar do que os simples relatos do evangelho. Como pôde esse homem
influenciar mais vidas e afetar a história humana mais profundamente do que
todos os outros? Em toda a história, ninguém pode comparar-se a Ele. E, no
entanto, Ele fez tudo isso em apenas três anos e meio! Todos os incrédulos
sinceros devem responder à pergunta: “como Ele conseguiu isso?”
À medida
que Jesus Cristo caminha ao longo das páginas da história humana, Ele é elevado
a uma categoria sem similar por sua peculiaridade. Por um lado, os descrentes
não podem deixar de reconhecê-lo, tamanhas foram suas contribuições em favor da
humanidade; nem podem eles explicar sua existência sem admitir sua divindade.
Albert Schweitzer, vítima de uma onda de ceticismo no começo deste século, teve
de admitir que o Jesus histórico é um enigma e um estranho para o nosso tempo.
Como o Dr. Carl E H. Henry, um dos últimos estudiosos verdadeiramente
conservadores da Bíblia na geração passada, escreveu: “Muitos estudiosos que
rejeitam que Jesus é Deus verdadeiro e homem verdadeiro, vendo-o apenas sob uma
única faceta, distinguem-no, apesar disso, da totalidade da raça humana. Os
tributos prestados a Jesus, mesmo por estudiosos que repudiam os credos
cristológicos históricos, não somente reverenciam o Nazareno acima de seus
contemporâneos, mas elevam-no bem acima de todos os seres antigos e modernos.
Essas avaliações de Jesus Cristo acabam por exaurir habituais categorias
antropológicas ao tentar explicá-lo.” Ele então conclui: “Aqueles que não começam
com a suposição cristã fundamental de que ‘o Verbo se fez carne’ (Jo 1.14), mas
procuram mostrar como um homem completo, como supõem que Cristo foi, estava
unido (de alguma forma) a Deus, não podem senão terminar em pontos de vista
confusos e contraditórios”.
Na
realidade, todas as descrições de Jesus que conflitam com aquelas apresentadas
nos quatro evangelhos são “não-históricas”. Jesus é quem Ele disse que era:
Deus em forma humana.
Não há
qualquer explanação meramente humana sobre o porquê de um simples, embora
brilhante, homem — que deveria ter sido esquecido há muito tempo por todo este
mundo — ser ainda a pessoa mais amada que já viveu, quase dois mil anos após
sua morte. As explicações humanas não conseguem explicar a influência que Ele ainda
exerce sobre este planeta. Apenas um fato explica a singularidade de Jesus
Cristo: Ele foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio sob forma humana,
exatamente como Ele se declarava.
Veja você
que atribuir somente humanidade a Jesus não é suficiente. Para cumprir o que
Ele fez, tanto em sua vida como em seus ensinamentos, precisava ser tanto Deus
como homem, operando juntos em uma pessoa única. Essa pessoa é Jesus de Nazaré.