No Antigo Testamento as bênçãos
eram terrenas e as riquezas eram consideradas como uma prova do favor de Deus
(vide Deuteronômio 8:18). Eis aqui o motivo do assombro dos discípulos.
Eles acabavam de ver um homem próspero, aparentemente abençoado
por Deus, amável, de conduta irrepreensível, disposto a fazer
muitas coisas boas. E o Senhor o deixou partir. Que coisa! Se tais vantagens
não davam acesso ao reino de Deus, quem então podia ser salvo?
O Senhor Jesus lhes responde que a salvação realmente é
algo impossível para o homem realizar. Só Deus pode salvar.
Note que o Senhor não condena
aqui os ricos, mas "os que confiam nas riquezas". Ademais, seguir
a Jesus implica inevitavelmente na renúncia de algumas coisas, o que
para certas pessoas pode ser algo muito doloroso (v. 29). Mas se elas renunciam
por amor ao Senhor e ao Evangelho, isto ao mesmo tempo será para elas
uma fonte de incomparáveis alegrias, sendo que a primeira delas será
a consciência da aprovação do Senhor. Sim, o penetrante
olhar do Senhor (v. 21,23,27) lê os nossos corações para
ver se a motivação pela qual agimos é boa - se há
uma verdadeira resposta ao amor d'Aquele que tudo deixou por nós (vide
Zacarias 7:5).
Neste capítulo encontramos
várias características da carne: é atrativa (vv. 17-22);
é presunçosa (v. 28); é temerosa (v. 32); e, finalmente,
é egoísta (vv. 35-40).
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