Alguns comentaristas têm dado
a estes capítulos as mais fantasiosas interpretações, esforçando-se
particularmente para enquadrar as profecias aos acontecimentos contemporâneos.
Convém lembrar que toda esta terceira parte da visão de João
acontece no futuro. Diz respeito somente ao intervalo de alguns anos que haverá
entre a vinda do Senhor para buscar a sua igreja e o início de seu reinado
milenar.
A quinta trombeta, ou o primeiro
"ai" (V. 12), liberta do abismo um enxame de gafanhotos
medonhos, instrumentos diretos de Satanás, os quais infligem aos
judeus ímpios um tormento moral pior que a morte. Ao mesmo tempo, os
ferrões e as caudas semelhantes a escorpiões (V. 10) ou serpentes
(V. 19) representam doutrinas enganosas e venenosas, pérfidas armas
que Satanás empregará como nunca (comparar Isaías 9:15).
Ao soar da sexta trombeta surgem cavalos fantásticos que
cospem fogo, fumaça e enxofre, e deixam atrás de si um rastro
de morte. Seus cavaleiros usam couraças (V. 9,17), ilustração
da consciência cauterizada.
O emprego de uma trombeta
para anunciar esses juízos indica que se trata de advertências
para os homens. Contudo, o coração dos homens está tão
endurecido que nem mesmo esses desastres sem precedentes os levarão ao
arrependimento (V. 20,21).
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